"O programa acabou", disse o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, alegando que a iniciativa, criada pelo primeiro governo PSD-CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho, "foi mal desenhada, tinha um estigma social que não faz sentido".
"Exigia que os estudantes tivessem o registo de 'abandonado'. Ninguém se regista como abandonado, as pessoas deixam de ir ao ensino superior", defendeu à Lusa, no final de uma audição regimental na comissão parlamentar de Educação e Ciência, para apreciação da política geral do ministério.
Manuel Heitor sustentou também que o programa "não estava devidamente orçamentado" e, por isso, "não funcionou", teve "cento e poucas candidaturas".
"Foi uma experiência, mas falhou", apontou, sublinhado que o ministério pretende "incentivar a ação social", o apoio à frequência do ensino superior por parte de estudantes economicamente mais carenciados.
O Programa Retomar, cujo regulamento foi aprovado em 2014, previa a atribuição de um apoio financeiro a pessoas que queriam regressar ao ensino superior depois de terem abandonado o ciclo de estudos.
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