No novo debate com o Governo sobre política geral, a questão foi levantada pelo vice-presidente da bancada do PSD Ricardo Baptista Leite, a quem coube abrir a segunda ronda, depois de o líder do partido, Rui Rio, ter inaugurado a primeira.
“A Assembleia da República decidiu que haveria um prémio para os profissionais de saúde e que seria distribuído em 2020. É no vencimento de outubro ou de novembro que vão receber o suplemento previsto e aprovado na Assembleia da República?”, questionou o deputado e médico.
Em nome do Governo, respondeu à bancada do PSD não o primeiro-ministro, mas a ministra da Saúde, Marta Temido.
“É evidentemente no vencimento deste ano, é o que está legislado e o que a Assembleia da República determinou”, assegurou a ministra.
Baptista Leite questionou ainda o Governo se irá disponibilizar a vacina para a gripe aos “dez mil profissionais de saúde”, abrangendo também os do setor privado, tendo neste caso recebido uma resposta negativa.
A ministra da Saúde referiu que o Governo adquiriu “mais de dois milhões de vacinas para a gripe” e colocou-as já à disposição dos residentes em lares e dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde.
“Todos sabem que é uma obrigação das entidades empregadoras no âmbito da saúde ocupacional zelarem pelo risco dos seus empregados e isso aplica-se aos profissionais do setor privado”, acrescentou, recebendo na reposta por parte do PSD que esta opção era “um erro”.
De acordo com o novo Regimento, cabe ao primeiro-ministro a responsabilidade pelas respostas às perguntas formuladas no debate sobre política geral, “mas pode solicitar a um dos membros do Governo presentes que complete ou responda a determinada pergunta”.
Pela bancada do PSD, falou ainda nesta segunda ronda o deputado e dirigente Maló de Abreu, que criticou o Governo pela “narrativa de falar do passado” e salientou que, nos últimos 25 anos, 18 foram de governação socialista.
“Quem vier por bem conta connosco, mas quem vier por mal conta connosco também”, disse.
O deputado questionou ainda o Governo se as brigadas de intervenção rápidas nos lares são em número suficiente, tendo recebido a garantia da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, que já estão constituídas as 18 brigadas distritais previstas e foram ativadas dez vezes desde o início da operação.
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