"Numa altura em que é recomendado o esforço de testagem a nível nacional, esta medida visa aumentar os incentivos para que mais laboratórios de análise clínicas e farmácias adiram ao esforço conjunto de combate à pandemia, através da deteção precoce de casos de infeção por SARS-CoV-2, sem aumentar os constrangimentos financeiros por parte dos utentes", pode ler-se em comunicado enviado às redações.

Segundo a informação do Ministério da Saúde, " adesão a este regime, que entrou em vigor em julho, é voluntária" e, atualmente, dos 278 concelhos em Portugal Continental 216 têm pelo menos um laboratório ou uma farmácia que realizam TRAg comparticipados".

Desta forma, "existe cobertura em 77% dos concelhos, no âmbito da portaria de comparticipação de testes", adiantou hoje a task force.

"Este regime especial de comparticipação é apenas uma componente de uma estratégia de incentivo à testagem a nível nacional. Nesse sentido, a Task Force de Testagem tem vindo a reforçar a rede de testagem no país, que já conta neste momento com 163 laboratórios e mais de 1300 entidades que realizam TRAg de uso profissional", é explicado.

O Ministério aponta ainda que "estão ainda a ser desenvolvidos mecanismos no sentido de reforçar a abrangência da testagem a nível nacional, nomeadamente através de iniciativas das câmaras municipais, da colaboração do setor social e da Cruz Vermelha, ente outros organismos".

Segundo o grupo de trabalho coordenado por Fernando Almeida, presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), os TRAg de uso profissional são gratuitos não apenas em farmácias, mas também em laboratórios de patologia clínica e análises clínicas aderentes.

De acordo com a task force, a testagem em Portugal continental "vai muito para além das farmácias", envolvendo laboratórios, clínicas, academia e unidades móveis, "sendo que a cada uma das entidades registadas e habilitadas a realizar TRAg de uso profissional correspondem múltiplos pontos de colheita".

O comunicado refere ainda que a lista de farmácias e laboratórios onde se realizam testes gratuitos é dinâmica e encontra-se em permanente atualização, "mantendo-se o esforço no sentido de reforçar os pontos de testagem aderentes em todo o país, no âmbito da portaria referida".

A task force avançou também que, para além dos testes gratuitos previstos na portaria do Governo, os cidadãos podem recorrer à rede de diagnóstico de SARS-CoV-2, que integra 163 laboratórios que realizam testes RT-PCR e mais de 1.300 entidades que realizam TRAg de uso profissional.

O Governo voltou a comparticipar a realização de testes TRAg, uma medida que abrange toda a população e se estende até 31 de dezembro, prazo que pode ser prorrogado, ao abrigo do regime excecional e temporário de comparticipação.

O regime excecional e temporário tinha cessado em outubro, tendo em conta que Portugal estava próximo de atingir os 85% da população totalmente vacinada contra a covid-19, mas o ministério decidiu reativá-lo devido à atual situação epidemiológica, com o aumento de casos de covid-19 e dos internamentos.

No acesso a lares e nas visitas a utentes em estabelecimentos de saúde e em grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas passou a ser exigida a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo, uma medida que se aplica mesmo a pessoas vacinadas contra a covid-19.