O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander de Croo, anunciou nesta sexta-feira que o seu governo decidiu proibir o TikTok nos telefones oficiais e dos funcionários públicos. A medida, em princípio, tem validade de seis meses.

Desta forma, a Bélgica tornou-se o mais recente governo europeu a adotar medidas restritivas contra a aplicação, graças às dúvidas sobre o cuidado com a privacidade dos dados do utilizador.

Ao anunciar a ação contra a rede social de vídeos, De Croo pediu que "não sejamos ingénuos: o TikTok é uma empresa chinesa, que é obrigada a cooperar com os serviços de inteligência chineses. É a realidade".

A decisão do governo belga, no entanto, não afeta os telemóveis particulares dos empregados públicos ou deputados.

O Conselho Europeu - que representa os países da União Europeia - e a Comissão Europeia, braço Executivo da UE, instruíram os seus empregados a removerem a aplicação dos dispositivos profissionais.

A ByteDance, empresa matriz do TikTok, está sob rigorosa vigilância nos países ocidentais devido a suspeitas de autoridades chinesas conseguirem ter acesso aos dados dos utilizadores.

O governo dos Estados Unidos vetou a aplicação dos seus dispositivos do governo, e alguns legisladores americanos tentam proibir o TikTok no país inteiro.

A empresa admitiu em novembro que parte dos empregados na China pode ter acesso aos dados de usuários europeus.

O TikTok lançou, no entanto, um grande esforço para conter as preocupações e mostrar que fez reformas para garantir a privacidade dos seus utilizadores.