Além de Londres, as medidas aplicam-se a partir de sábado às áreas de Essex, York, Elmbridge, Barrow in Furness, nordeste de Derbyshire, Chesterfield e Erewash, distribuídas pelo norte, centro e sul de Inglaterra.

Numa declaração no parlamento, disse que “o vírus não está a espalhar-se de forma uniforme e que a situação é particularmente grave em várias partes do país”, identificadas pelo sistema de teste e rastreamento dos serviços de saúde.

O nível “muito elevado”, o segundo mais alto de uma escala de três, proíbe o convívio entre agregados familiares em espaços fechados, incluindo habitações, ou locais públicos como bares e restaurantes, para além das medidas atualmente em vigor.

A maior parte da Inglaterra ainda se encontra no nível “médio”, o mais baixo desta escala, que permite o convívio social em espaços fechados ou ao ar livre, mas em grupos de até seis pessoas e obriga ao encerramento de bares e restaurantes às 22:00 horas.

Confrontado pelo ministro sombra da Saúde do Partido Trabalhista, Jonathan Ashworth, sobre a necessidade de ser declarado um confinamento nacional de poucas semanas para tentar interromper a cadeia de transmissão e retomar o controlo do vírus, Matt Hancock recusou. 

“Nós temos a opinião de que devemos fazer o possível para controlar este vírus onde está a aumentar mais e adoptar uma abordagem mais específica”, argumentou.

Hancock disse também que estão em curso negociações com autarcas locais da área de Manchester e outros municípios do norte de Inglaterra para passar estas áreas para o grau máximo de restrições, que implica, por exemplo, o encerramento do setor da restauração e um maior apoio financeiro à economia local.

O Reino Unido é o país europeu e o quinto a nível mundial, atrás dos EUA, Brasil, Índia e México, com o maior número de mortes de covid-19, tendo contabilizado 43.155 confirmadas por teste e 57.690 quando incluídos os casos suspeitos cujas certidões de óbito fazem referência ao novo coronavírus.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.