“Neste momento, não podemos correr riscos no Porto Santo”, declarou O presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, referindo-se à pequena ilha que tem uma população de cerca de 5.000 habitantes.
Por isso, “o Governo Regional determina que estão limitadas as vendas de bilhetes de ligação marítima aos residentes naquela ilha”, informou, argumentando que neste momento o “Porto Santo é uma zona onde não pode haver situações de pessoas contaminadas”.
“Vamos limitar acesso ao Porto Santo para residentes e situações em que seja imprescindível fazer a visita à ilha”, enfatizou.
Miguel Albuquerque, que falava numa conferência de imprensa, após uma reunião com representantes de várias forças de segurança e militares, salientou que o “agravamento da difusão dos infetados a nível nacional não deixa de ser greve” e obriga o executivo madeirense “a tomar medidas fortes, restritivas adicionais, que vão ter implicações na vida das pessoas”.
Estas medidas estão incluídas “no estado de alerta, são obrigatórias e serão devidamente fiscalizadas pelas forças de segurança, designadamente PSP, GNR e Forças Armadas”, disse.
“Isto é para cumprir, não é uma situação de brincadeira”, sublinhou o responsável madeirense, alertando para que os prevaricadores incorrem na prática do crime de desobediência.
Entre outros aspetos, o chefe do executivo insular anunciou que foi decidido reduzir a lotação dos estabelecimentos de restauração e bebidas, incluindo esplanadas, para metade da sua lotação, sendo ainda proibido o consumo no exterior desses espaços cujo horário de funcionamento fica ainda limitado até às 23:00.
Também determinou o encerramento temporário de todos os estabelecimentos de diversão noturna, incluindo os com recinto para dança, assim como dos salões de jogos e salas de jogos de fortuna e azar.
Na área dos transportes terrestres, os autocarros públicos e privados devem reduzir a sua lotação máxima para 50%, ficando ainda interditos os “ajuntamentos na via pública ou em espaço privados de acesso público que não respeitem entre os participantes as distâncias de segurança de prevenção da transmissão viral recomendadas pelas autoridades de saúde”.
O governo madeirense indicou que “a autoridade policial pode determinar o encerramento imediato dos estabelecimentos que não cumpram as medidas definidas”.
O executivo já havia deliberado o encerramento de todas escolas a partir de segunda-feira no arquipélago, proibido acostagem de navios cruzeiro no porto do Funchal e nas marinas, uma situação que está a ser controlada pela Polícia Marítima.
Também os serviços da Administração Pública Regional vão “assegurar serviços mínimos” porque a Madeira vive “uma situação de exceção” e as empresas privadas são obrigadas a cumprir os respetivos planos de contingência.
“Isto não é uma brincadeira. Isto não são férias. As pessoas fiquem resguardadas em casa, porque isto é uma situação de emergência pública, de saúde publica e as pessoas tem de se proteger”, sublinhou Miguel Albuquerque.
Comentários