Os votos favoráveis vieram, sobretudo, do M5S, do PD e do partido de esquerda Livres e Iguais, enquanto os deputados que chumbaram o Governo são, essencialmente, dos partidos conotados como de extrema-direita — Irmãos de Itália e Força Itália.
O novo executivo irá na terça-feira submeter-se à votação do Senado, concluindo, assim, o processo de investidura.
Também hoje o primeiro-ministro italiano já tinha defendido a necessidade de “melhorar o pacto de estabilidade e crescimento” da União Europeia (UE), que impõe limites ao défice e à dívida pública dos Estados-membros.
“É preciso melhorar o pacto de estabilidade e crescimento e a sua aplicação, para apoiar o investimento, a começar pelo relacionado com a sustentabilidade ambiental e social”, disse Conte na apresentação do programa de governo na Câmara dos Deputados.
O governante prosseguiu afirmando que o seu governo trabalhará, na UE, para a “implementação de um plano de investimento sustentável” e “a reforma da União Económica e Monetária e da união bancária”, que passa pelo “estabelecimento de um orçamento da zona euro, de um plano de seguro europeu contra o desemprego e de uma garantia de depósitos europeia”.
Conte defendeu ainda o reforço da luta contra a evasão fiscal, nomeadamente através do agravamento das sanções, incluindo penas de prisão.
Por outro lado, sublinhou que “defender os interesses nacionais não significa entregar-se a retiradas isolacionistas estéreis”, mas antes “colocar o país acima de tudo e nunca estar condicionado pela pressão de poderes económicos e influências externas indevidas”.
Em matéria de imigração, Giuseppe Conte disse que o seu governo vai rever as polémicas leis anti-imigração do ex-ministro do Interior Matteo Salvini e que espera da UE solidariedade real.
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