"Temos estado em estreito diálogo com as instituições de ensino superior. Noto que, evidentemente, também o temos feito junto das autarquias. As autarquias têm aqui um papel determinante. São jovens que vão para os espaços urbanos, nomeadamente Lisboa e Porto, (…) que têm que se ir ao seu encontro", afirmou.

Na quinta-feira, o reitor da Universidade do Porto disse que "gostaria de poder contar não só com o apoio da Câmara do Porto, mas também do Governo" para resolver o problema da falta de alojamento para os estudantes universitários.

António Sousa Pereira defendeu então que ser necessário "construir mais quartos, rentabilizar de forma mais eficiente aqueles que já existem e enveredar por outras soluções, provavelmente recorrer ao aluguer de quartos a terceiros para disponibilizar a estudantes".

Hoje, e à margem da cerimónia de assinatura do protocolo de integração dos Centro Tecnológicos da Eurorregião Galiza - Norte de Portugal, no Porto, a Secretária de Estado Maria Fernanda Rollo lembrou que em maio o Governo apresentou o Plano Nacional de Alojamento, antecipando precisamente este problema que "se tem agudizado nomeadamente por pressão do mercado de alojamento, da própria recuperação económica do país e até do acréscimo de turismo".

A Secretária de Estado explicou que "há várias medidas que estão em curso, algumas que poderão ter efeito mais rápido do que outras, (…) o que decorre da própria natureza do problema: residências não se constroem de um dia para o outro".

Entre as respostas encontradas ao nível central, acrescenta, estão, por exemplo, a atribuição de benefícios fiscais e a procura de novos enquadramentos que permitam que as instituições de ensino superior encontrem outras oportunidades, "invocando, muito especialmente, o papel das autarquias".

Segundo a governante, o problema do alojamento universitário é um desafio que se está a colocar, neste momento, de uma forma muito premente neste início de ano letivo, por ventura, de uma forma "mais intensa do que ocorreu há dois ou três anos".

Em declarações à Lusa, Maria Fernanda Rollo, sublinhou que "muitas instituições do ensino superior estão a trabalhar, neste sentido, já há muito tempo, e muitas deles até tem protocolos e entendimentos com entidades públicas e privadas, precisamente para encontrar alojamento para os seus próprios estudantes".

Contactada na quinta-feira, a Câmara Municipal do Porto escusou-se a comentar as declarações do reitor da Universidade do Porto. A Lusa tentou ouvir hoje a autarquia, mas tal não foi possível até ao momento.

Segundo o presidente da Federação Académica do Porto (FAP), na Universidade do Porto existem 23 mil estudantes deslocados e há 1.200 camas de oferta pública no total.

Na segunda-feira, João Pedro Vieira disse que o Governo deu uma “resposta curta” à falta de alojamento e que o plano das 1.500 camas é uma “coluna de fumo”.

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