O governante comentava, à margem do anúncio do novo concurso público para a carreira área Bragança/Vila Real/Viseu/Tires/ Portimão, as queixas dos sindicatos que avançaram para a greve, alegando a falta de diálogo por parte do Governo.
“Isso faz muito pouco sentido, uma vez que estamos a meio de processos negociais, quer na CP, quer na IP (Infraestruturas de Portugal) e, em particular na IP, onde os sindicatos também decidiriam decretar esta greve, temos aliás os processos negociais bastante avançados”, afirmou.
O ministro reconheceu que os processos negociais estão “numa fase sempre difícil, de revisão dos acordos de empresa”, todavia afiançou que “não é nada verdade” que o Governo não esteja disponível para negociar, “antes pelo contrário”, vincou.
Pedro Marques considerou ainda “surpreendente” a decisão do tribunal arbitral de não decretar serviços mínimos para o dia da greve.
“É preciso ficar claro que não é o Governo que define os serviços mínimos, eles são definidos por entidade arbitrais que, desta vez, para mim de um modo razoavelmente surpreendente, decidiram que não havia serviço mínimos, nomeadamente nos serviços urbanos e suburbanos”, observou.
“Nós não podemos influenciar essa decisão, o que podemos dizer é que se se vier a verificar, como é provável, um impacto muito significativo sobre a vida dos portugueses, nós temos que lamentar essa situação”, acrescentou.
O ministro reiterou que, independentemente dos desenvolvimentos desta greve, mantém, como tem tido “ao longo de meses, a disponibilidade para o diálogo no setor ferroviário”.
Os trabalhadores da CP, da EMEF e da Infraestruturas de Portugal (IP) vão fazer uma greve de 24 horas na sexta-feira, em defesa da negociação de melhores condições de trabalho.
A CP – Comboios de Portugal alertou, na terça-feira, para “fortes perturbações” na circulação de comboios, devido à greve, prevendo supressões a nível nacional em todos os serviços.
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