"Esta barbárie não pode ser tolerada, independentemente da razão da pessoa, por isso condenamo-la fortemente e faremos o nosso melhor para ajudar", disse o porta-voz do Governo nipónico, Hirokazu Matsuno.

Matsuno não deu mais informações sobre a saúde de Abe, que os serviços de emergência disseram estar em paragem cardiorrespiratória quando foi transportado para um hospital.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, cancelou a agenda eleitoral e está a caminho de Tóquio.

A ex-ministra do Interior e das Comunicações do Japão, Sanae Takaichi, também condenou o ataque, dizendo que espera que Abe esteja vivo e que "não perdoa o terrorismo político", enquanto o ministro da defesa no tempo de Abe, Satoshi Nakanishi, disse que "o terrorismo e a violência não devem ser perdoados".

"Estamos tristes e chocados com o ataque ao antigo primeiro-ministro. Abe foi um líder notável para o Japão e um aliado inabalável dos Estados Unidos", disse o embaixador dos EUA em Tóquio, Rahm Emanuel.

O antigo líder japonês foi alvejado pelas costas com uma arma de fogo quando discursava numa rua na cidade de Nara num comício eleitoral do Partido Liberal Democrático (PLD) para as eleições parlamentares de 10 de julho.

O alegado autor do ataque foi detido e a arma apreendida.

Os comícios eleitorais no Japão são geralmente realizados nas ruas e com poucas medidas de segurança, devido à baixa taxa de criminalidade e de ataques com armas de fogo.

Shinzo Abe esteve em funções como primeiro-ministro do Japão em 2006 durante um ano e novamente de 2012 a 2020.