“Estamos convencidos que a partir de segunda-feira teremos aulas em todas as escolas e os professores estarão nas suas escolas com o empenhamento de sempre e a saber fazer a distinção entre o que é a missão de ensinar e o que é a reivindicação de pretensões de caráter laboral”, adiantou Avelino Meneses, em declarações aos jornalistas.
O governante falava à margem de uma cerimónia que assinalou o arranque do ano letivo, na Escola Básica e Integrada Francisco Ferreira Drummond, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
No primeiro dia de aulas nos Açores, intitulado como Dia do Pro-Sucesso, os pais são convidados a acompanhar os alunos à escola, para assistirem a várias atividades, mas em muitos estabelecimentos de ensino do arquipélago o evento foi adiado para segunda-feira, pelo facto de muitos dos professores estarem em plenários sindicais.
“Sabíamos que neste dia e a esta hora, em toda a região, estavam a decorrer plenários sindicais, sabemos também que estes plenários sindicais suscitam a presença de muitos professores, mas cumprimos aqui a nossa missão, com alunos, com professores, com funcionários, com encarregados de educação”, apontou Avelino Meneses.
O ano letivo anterior terminou com greves dos professores às avaliações e já está anunciada uma nova greve para 04 de outubro, em que os docentes voltam a reivindicar a recuperação total do tempo de serviço congelado.
Na cerimónia de arranque do novo ano letivo, o secretário regional da Educação destacou o Pro-Sucesso, programa de combate ao insucesso escolar, lançado há três anos, que disse estar a responder às expetativas.
“Desde o ano letivo transato que nós, no Pro-Sucesso, em todas as taxas de transição, atingimos já as metas que estavam programadas para 2020-2021, com quatro anos de antecedência”, frisou.
Um dos projetos do Pro-Sucesso é o Prof DA (professores especializados na deteção de dificuldades de aprendizagem), que já é aplicado em todas as ilhas, no 1.º e no 2.º ciclos, na área da matemática e, segundo Avelino Meneses, as “menções de suficiente e insuficiente têm diminuído a olhos vistos”, nesta disciplina.
“Claro que nos primeiros anos se recupera mais depressa, que há medida que se vai recuperando, o caminho vai sendo mais penoso, mas estamos com o mesmo entusiasmo”, salientou.
Os Açores registaram este ano uma quebra de cerca de 1.000 alunos, em comparação com o ano letivo anterior, uma diminuição que segundo o governante é semelhante a anos anteriores e expectável nos seguintes, tendo em conta a redução demográfica.
“A diminuição de alunos no ensino dito regular não é uma catástrofe, não é uma tragédia e no âmbito da Educação temos efetivamente muitos desafios pela frente”, salientou, alegando que cada vez mais será necessário “estabelecer um programa de formação ao longo da vida”.
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