“A diáspora portuguesa revelou-se, uma vez mais, solidária e resiliente”, afirmou Berta Nunes, acrescentando: “Nos países onde residem, portugueses e lusodescendentes estiveram onde foram necessários, muitas vezes na linha da frente, onde desempenharam funções essenciais à sociedade, nos hospitais, nos lares, nas escolas e em muitos outros serviços”.
E sobre a distância que a pandemia impôs, a governante sublinhou que esta “afeta de forma desigual quem está longe”.
Por essa razão, Berta Nunes enalteceu “a alegria com que o país acolheu os regressos temporários que foram possíveis”, alertando para “o peso da ausência daqueles que este ano, e especialmente neste Natal, não poderão vir a Portugal”.
A secretária de Estado classificou 2020 como “um ano de invenção”, com o qual se aprendeu muito, nomeadamente com a comunidade portuguesa que desde sempre tem ensinado “o sentido da proximidade na distância”.
Sobre as medidas tomadas pelo Governo desde o aparecimento do novo coronavírus, Berta Nunes recordou que foi apoiado “o regresso de aproximadamente de 6.000 portugueses retidos em 175 países”.
“Num contexto de fortes restrições ao tráfego aéreo, Portugal apoiou a realização de voos para facilitar o regresso a território nacional de mais de 1.000 portugueses e lusodescendentes na Venezuela, que continua a constituir uma das nossas prioridades”, disse.
Berta Nunes recordou outras ajudas e apoios, bem como a continuidade do trabalho em prol das comunidades, como a abertura de centros de atendimento consular para a Bélgica, Irlanda e Luxemburgo, “marco importante na implementação do novo modelo de gestão consular”.
Manifestando o seu desejo de “retomar as visitas às comunidades”, Berta Nunes prometeu manter o diálogo à distância, “como tantas famílias têm feito nos últimos meses”.
“É afinal de uma família que se trata: da grande família portuguesa, dispersa por mais de 190 países em todo o mundo”, concluiu.
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