“Do ponto de vista de impacto direto, é estimado que, durante a semana da Web Summit, tenham sido gerados cerca de 300 milhões de euros, só nos serviços diretamente relacionados — hotelaria, transportes, entre outros”, disse a secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann, num balanço feito à agência Lusa.
De acordo com a governante, “o impacto real só poderá ser quantificado a médio prazo, porque este é um grande evento e tem repercussões duradouras, o que é excelente e, portanto, os 300 milhões de euros são uma subavaliação muito grande”.
Referindo-se a dados da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), falou num aumento de 20% na ocupação hoteleira nos dias do evento.
Segundo a organização da Web Summit, nesta segunda edição em Portugal participaram 59.115 pessoas de 170 países.
O evento decorreu entre 06 de novembro e 09 de novembro na zona do Parque das Nações.
Aludindo a “impactos mais qualitativos”, Ana Teresa Lehmann indicou ter observado “importantíssimos contactos […] neste enorme espaço de convergência entre empresas, investidores, ‘startups’, capitais de risco”.
A aposta do executivo foi a de promover “ligações entre ‘startups’ e grandes grupos e investidores”.
“As empresas com maior dimensão representam mercados imediatos aos quais as ‘startups’ podem vender os seus produtos e serviços”, enquanto estas companhias com potencial de crescimento rápido “não têm problemas de alguma rigidez que têm os grandes grupos e podem decidir mais rapidamente e são também mais facilmente disruptivas”, observou a responsável.
Ana Teresa Lehmann destacou ainda a “promoção da imagem de um Portugal moderno” através do evento, numa altura em que o país está “no mapa do empreendedorismo, da inovação e atração de investimento tecnológico”.
A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Lisboa por três anos, com possibilidade de mais dois de permanência na capital portuguesa.
Questionada sobre este alargamento da permanência, a governante notou que “as condições que Lisboa tem são ótimas”.
“Vamos aguardar, a decisão não é nossa. Serão muito bem recebidos, se assim o entenderem”, acrescentou.
Certa é a edição de 2018, ano durante o qual o Governo pretende “fazer mais e melhor e capitalizar mais o evento”.
“Vamos ter um conjunto de iniciativas para que não seja só o grande evento em novembro, mas para que possamos ter ainda mais iniciativas durante o ano, de menor dimensão, mas também de grande relevância […] de divulgação da presença portuguesa”, referiu Ana Teresa Lehmann, aludindo a apostas na iniciativa já existente Road 2 Web Summit (que leva ‘startups’ nacionais à Web Summit) e à realização de eventos para aproximar estas empresas a investidores.
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