A zona sul dos Alpes foi palco este fim de semana de várias ações lideradas, por um lado, por elementos da extrema-direita e, por outro, por ativistas pró-migrantes.

O ministro francês do Interior, Gérard Collomb, num comunicado citado pela Agência France Presse (AFP), “condena com a máxima firmeza todas as provocações, gestos e incidentes que marcaram este fim de semana na região dos Altos Alpes e dos quais grupos de ativistas de extrema-direita e de extrema-esquerda são respetivamente a origem”.

Uma centena de militantes da Geração Identitária (movimento de extrema direita francês) bloqueou no sábado o Col de L’Échelle, ponto de passagem de migrantes nos Alpes franceses, para “garantir que nenhum clandestino possa entrar em França”.

O grupo de militantes é composto maioritariamente por franceses, mas inclui também italianos, húngaros, dinamarqueses, austríacos, ingleses e alemães.

No local, o grupo criou uma “fronteira simbólica”, com recurso a malha em plástico. Na encosta da montanha foi colocada uma faixa de grandes dimensões para avisar os migrantes que “a fronteira está fechada e devem regressar a casa”.

Hoje de manhã, o grupo anunciou que abandonaria o local durante a tarde.

No entanto, os militantes pretendem “continuar a patrulhar” durante a semana “nas diferentes estradas conhecidas por serem ponto de passagem de clandestinos”, referiu um porta-voz do grupo em declarações à AFP.

No sábado, a esquerda denunciou no parlamento francês esta ação da extrema-direita, durante o debate sobre o projeto de lei “Asilo-Imigração”.

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