O Governo francês está a preparar o encerramento de três mesquitas por apologia do terrorismo, revelou o ministro do Interior, adiantando que desde que entrou em vigor o estado de emergência, em novembro de 2015, fecharam 16.
Numa entrevista ao canal televisivo “CNews”, Gérard Collomb indicou que a justificação para o encerramento é que nestas mesquitas se fazem discursos de incitação a atos terroristas.
O ministro acrescentou que durante esta temporada estival foram mobilizados 23 mil polícias e guardas para garantir a segurança por ocasião das férias.
Questionado sobre a crise de refugiados no Mediterrâneo, Collomb reiterou que a sua prioridade é “estabelecer um certo número de acordos com os países” de onde vêm estes migrantes para que os que não tenham direito de asilo possam ser devolvidos rapidamente.
Uma questão que, antecipou, vai ser abordada numa cimeira no próximo dia 24, em Tunes, com os países mediterrâneos.
Tendo em conta que o problema é que na Líbia “não há um Estado estável” e que isso propiciou a ação dos “traficantes de uma crueldade terrível”, Collomb disse que a sua ideia é definir neste país uma espécie de “cordão sanitário” para que o controlo ocorra nesse local.
O governante antecipou ainda que os países europeus vão pedir ao Alto Comissariado para os Refugiados da ONU (ACNUR) que instale bases para tramitar as chegadas destas pessoas e, “em caso de países seguros, a devolução aos seus países”.
Quanto aos que se concentram no norte de Paris, junto ao centro humanitário de acolhimento temporário de potenciais solicitadores de asilo, que abriu em novembro, o ministro afirmou que “vai ser examinada muito rapidamente a situação” para expulsar os que não possam ter estatuto de refugiado.
“Não queremos que haja 2.000 a 3.000 pessoas na rua” e para evitar, num primeiro momento, vão ser divididos por diversos pontos da região da capital, contou.
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