No âmbito da campanha intitulada “paremos Bruxelas”, hoje lançada, um questionário com seis perguntas focando sobretudo a imigração foi enviado para as casas dos húngaros, segundo Bence Tuzson, do governo liderado pelo nacionalista Viktor Orban.
“O que deve fazer a Hungria, quando, apesar de uma série recente de ataques terroristas na Europa, Bruxelas quer forçar o país a admitir migrantes que entraram ilegalmente?”. Esta é uma das perguntas do questionário, cujas hipóteses de resposta são: “permitir que esses migrantes se movam livremente dentro do país” ou “mantê-los sob vigilância até que as autoridades decidam sobre seus casos”.
Na semana passada, o governo decidiu impor a detenção indefinida de migrantes em campos localizados na sua fronteira.
Outra questão é sobre se as organizações não-governamentais (ONG) poderão estar a interferir nos assuntos internos do país, ao envolverem-se na migração.
Desde há meses, as autoridades de Budapeste tentam reprimir várias ONG caracterizadas como “políticas” ou como “militantes mercenários”.
Em 2015, uma “consulta nacional” do mesmo género foi realizada, com enfoque na “imigração e no terrorismo”, e foi muito criticada pela agência da ONU para os refugiados.
No passado mês de outubro, um referendo sobre o mecanismo de recolocação de refugiados na União Europeia recolheu uma larga maioria de votos contra, mas não foi validado devido à baixa participação de eleitores.
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