Em comunicado, o MAI informa que “o ministro da Administração Interna [Eduardo Cabrita] indigitou o tenente-general Carlos Manuel Mourato Nunes para exercer as funções de Presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil”.

Em comunicado, o MAI informa que “o ministro da Administração Interna [Eduardo Cabrita] indigitou o tenente-general Carlos Manuel Mourato Nunes para exercer as funções de presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil”.

A tutela adianta que vai “desencadear os procedimentos tendo em vista a sua nomeação, concretamente a audição da Comissão Nacional de Proteção Civil”, pelas 12:00 de segunda-feira.

Licenciado em Ciências Militares e Engenharia Geográfica, Mourato Nunes passou também pelo Instituto de Altos Estudos Militares, onde concluiu o curso de oficial general e o curso geral de comando e Estado-Maior.

Durante a carreira, esteve sempre ligado à área da Administração Interna, desempenhando funções em várias unidades do Exército e nas forças de segurança, bem como cargos de direção de alto nível na administração pública.

Entre 1993 e 1999, foi diretor do Instituto Geográfico do Exército e, entre 2002 e 2003, presidiu ao Instituto Geográfico Português.

Foi depois promovido a tenente-general e assumiu as funções de comandante geral da Guarda Nacional Republicana (GNR), até 2008.

De 2008 a 2010, foi secretário-geral para Cooperação entre os Países de Língua Portuguesa em matéria de Segurança Pública e, de 2010 a 2012, foi presidente do conselho coordenador de Cartografia e diretor-geral do Instituto Geográfico Português.

Atualmente, é consultor de Segurança e Defesa.

A indigitação surge na sequência da demissão, em meados de outubro, do até então presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil, Joaquim Leitão.

Fonte do Governo disse à Lusa que Joaquim Leitão entregou nessa altura uma carta de demissão dirigida ao então secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, que, por sua vez, a remeteu para o primeiro-ministro, António Costa, atendendo à saída no mesmo dia da ministra da tutela, Constança Urbano de Sousa, do executivo.

A demissão foi aceite por António Costa, e seguiu-se à saída da ministra da Administração Interna e do comandante nacional operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Rui Esteves, em setembro, no pior ano de incêndios florestais da última década, que já deixaram mais de cem mortos e acima de 500 mil hectares de área ardida.

Joaquim Leitão esteve pouco menos de um ano no cargo, tendo sido empossado em outubro de 2016.

Na sua última declaração pública, Joaquim Leitão limitou-se a afirmar que o pessoal da Autoridade que chefiava continuava a dar "o melhor para que a segurança dos cidadãos seja efetiva".