“Trata-se de tomar medidas que possam prevenir tragédias como as de Nice e Viena”, disse Di Maio, referindo-se ao ataque em França em que três pessoas foram mortas, há cinco dias, e ao ataque de segunda-feira na capital austríaca.

“Trata-se de começar a pensar em algo maior e que diga respeito a toda a União Europeia: um Patriot Act do modelo americano, por exemplo, porque hoje somos todos filhos do mesmo povo europeu”, explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano.

“A segurança de um Estado é a segurança de todos os outros. Falarei sobre isso nos próximos dias com os meus homólogos. Continuemos unidos contra todas as formas de terrorismo e de fanatismo”, acrescentou Di Maio.

O Patriot Act, adotado em 2001 nos Estados Unidos na sequência dos ataques terroristas de 11 de setembro desse ano, colocou restrições a um certo número de liberdades fundamentais e permitiu maior margem de manobra às agências de informações nas investigações de contraterrorismo.

“Parece-me evidente que a Europa e a Itália não podem continuar a pronunciar apenas palavras de circunstância”, disse o chefe da diplomacia italiana, referindo-se às reações de líderes europeus perante o ataque em Viena.

“Os problemas devem ser enfrentados. A União Europeia deve fortalecer os seus níveis de segurança”, concluiu Di Maio, pedindo “um fortalecimento dos controles sobre as mesquitas com a cooperação das comunidades islâmicas e do Islão moderado”.

Também o Presidente italiano, Sérgio Mattarella condenou o ataque de Viena e também se referiu à disponibilidade de Itália “colaborar com a Áustria na luta contra todas as formas de terrorismo”.

Numa mensagem enviada ao seu homólogo austríaco, Alexander Van der Bellen, o chefe de Estado italiano expressou a “rejeição absoluta deste vil ataque aos valores comuns da liberdade e da coexistência pacífica”, dizendo que não pode haver “lugar para o ódio e violência na nossa casa comum europeia”.

O ataque, o primeiro em Viena em 35 anos, começou com um tiroteio cerca das 20:00 de segunda-feira (19:00 em Lisboa) numa rua central onde fica a sinagoga principal de Viena, então fechada, próxima de uma área de bares muito frequentada, tendo provocado pelo menos cinco mortos, incluindo um agressor, e 17 feridos, influindo um luso-luxemburguês.