“Neste momento, lançámos um novo aviso para os territórios de baixa densidade, no valor de cinco milhões de euros, que está aberto o concurso até final de setembro, para desenvolver produtos específicos, muito vocacionado para rotas, enoturismo, gastronomia, turismo equestre e turismo militar”, afirmou Ana Mendes Godinho.

A governante falava aos jornalistas na vila de Álvaro, Oleiros, à margem da assinatura de um contrato de financiamento, no valor de um milhão de euros, no âmbito de uma candidatura à linha de apoio à valorização turística do Interior, apresentada pela Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR).

Explicou ainda que este aviso dedicado exclusivamente aos territórios de baixa densidade foi publicado na quarta-feira em Diário da República e que é uma clara aposta na aceleração e desenvolvimento turístico destas regiões, onde há mais espaço à inovação.

“São elas [regiões] que permitem afirmar, cada vez mais, esta autenticidade única e este país de experiências inesquecíveis, que está a ser descoberto e que está a ser valorizado por esta autenticidade com inovação que Portugal tem”, frisou.

Já sobre o contrato de financiamento de um milhão de euros assinado com a ADXTUR, disse tratar-se de uma verba que resultou de um projeto apresentado pelas Aldeias de Xisto para requalificar zonas que foram afetadas pelos incêndios, nomeadamente caminhos, criação de zonas de proteção nas aldeias mais turísticas para garantir a proteção das populações e para o desenvolvimento de novos produtos e incentivo de algumas atividades.

“O milhão [de euros] é para repor estruturas turísticas que foram afetadas pelos incêndios, mas também para o desenvolvimento de novas atividades que tenham a capacidade de gerar mais atração destes territórios. É uma grande aposta neste trabalho com as Aldeias de Xisto, para criar cada vez mais atratividade nestes territórios”, disse.

Esta linha específica, criada para responder aos incêndios e voltar a capacitar os territórios, tem aprovados até ao momento 35 projetos no valor global de cinco milhões de euros.

Ana Mendes Godinho explicou ainda que as casas de primeira e de segunda habitação não estão contempladas por esta verba, sendo que, para isso, existe o programa nacional de recuperação de casas.

Contudo, adiantou que foi lançado um fundo imobiliário, também ele dedicado aos territórios de baixa densidade, no valor de 25 milhões de euros, para transformar algumas casas que estejam abandonadas ou que necessitem de intervenção em ativos económicos nas aldeias onde se encontram.

“O repto que aqui lancei foi que também estas aldeias sejam um projeto-piloto para implementarmos este fundo imobiliário que lançámos só dedicado aos territórios de baixa densidade, no valor de 25 ME e que, neste momento, está disponível para desenvolver projetos para dar vida a estas casas que estão ou abandonadas ou completamente degradadas”, concluiu.