Chui Sai On falava numa conferência de imprensa que contou com a presença dos secretários das cinco tutelas do Governo, tendo referido que esta é uma estimativa preliminar da Direção dos Serviços de Finanças.
Já na sessão de perguntas e respostas, o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, disse que esta estimativa preliminar inclui prejuízos diretos e indiretos.
“Em relação aos prejuízos diretos, neste momento estimamos em 8,3 mil milhões, e [os prejuízos] indiretos em 3,16 mil milhões, e por isso, em soma, temos 11,4 mil milhões”, afirmou Lionel Leong.
“Mas estes são cálculos provisórios. Algumas empresas ainda não conseguiram recuperar os seus negócios. Através dos diferentes setores, através dos diferentes mecanismos de serviços públicos, estamos a continuar a recolher todos estes dados para poder ter dados mais definitivos”, acrescentou.
Após a passagem do tufão, o Governo de Macau criou um subsídio de 50 mil patacas (de 3,1 mil para 5,2 mil euros) para ajudar as Pequenas e Médias Empresas a fazer face aos estragos causados pelo tufão Hato.
Além deste abono, o Governo criou também uma linha de crédito, sem juros, para as PME afetadas até ao montante máximo de 600 mil patacas (cerca de 63 mil euros).
Lionel Leong disse que até terça-feira, 05 de setembro, foram recebidos 10.544 pedidos de abonos, dos quais foram aprovados 3.146, envolvendo um montante de 157,3 milhões de patacas (16,3 milhões de euros).
Entre os 10.544 pedidos, 5.230 solicitaram em simultâneo o empréstimo sem juros previsto no plano.
Já na parte inicial da conferência de imprensa, dedicada às intervenções dos vários responsáveis do Governo e Administração Pública, que se estendeu durante praticamente duas horas, Lionel Leong abordou, entre outras questões, o estado da economia de Macau, estimando um “crescimento estável”.
“O desastre do tufão do dia 23 de agosto trouxe, sem dúvida nenhuma, danos quer aos estabelecimentos comerciais quer aos residentes locais, mas (…) estima-se que a economia de Macau em geral continue a manter a sua recuperação com tendência de crescimento estável, com um aumento de um dígito para todo este ano”, afirmou.
O tufão Hato, foi o mais forte registado em Macau nos últimos 53 anos, tendo provocado dez mortos e mais de 240 feridos.
A força dos ventos obrigou ao hastear do sinal 10 de tufão, o mais elevado, o que não acontecia desde 1999.
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