Na sessão de encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), Miguel Pinto Luz defendeu que este documento resulta de “uma escolha que traduziu uma decisão de liderança”.

“O quadro era propicio à tentação. Um governo com maioria relativa que todos apostaram que duraria nem seis meses. Uma oposição a carregar o futuro do país com linhas vermelhas: ou socialismo ou nada”, disse.

O ministro admitiu que “a decisão era tentadora: devolver a palavra aos portugueses com benefício eleitoral para os partidos que apoiam o governo”.

“Quem lidera o governo pensou diferente e não pensou no benefício eleitoral (…) O primeiro-ministro decidiu que Portugal estava primeiro. A decisão de Luís Montenegro foi uma decisão à Sá Carneiro”, elogiou.

Segundo o ministro das Infraestruturas, o chefe do Governo teve em conta que há um Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para executar e que os portugueses estavam exaustos de instabilidade e eleições.

“Pensou que em março de 2024, os portugueses lhe disseram duas coisas: governa e dialoga. E foi o que fez. A escolha foi um esforço derradeiro de negociação, um apelo à responsabilidade perante a comunidade. A escolha foi, apesar da tentação, oferecer num quadro de instabilidade, estabilidade”, considerou.