“A aeronave C-130 da Força Aérea Portuguesa que neste momento está a caminho de Telavive tem chegada prevista a território israelita esta noite e fará mais do que um voo até Larnaca, em Chipre”, explicou o MNE, através de um comunicado.

Posteriormente, um voo da TAP, fretado pelo Estado português, trará estes cidadãos até Lisboa, acrescentou este ministério na mesma nota.

Nesta operação de repatriamento, organizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pelo Ministério da Defesa Nacional, o Governo português prevê retirar mais de 150 pessoas.

Num comunicado anterior, a diplomacia portuguesa tinha adiantado que o C-130 da FAP estava a caminho de Telavive, mas que aguardava a autorização daquele país para o sobrevoo.

O MNE referia ainda que naquele momento não havia “registo de portugueses diretamente afetados" pelos acontecimentos em curso no território israelita, mas "tendo em conta as cada vez mais escassas opções que os voos comerciais oferecem, face à exponencial procura por parte de cidadãos de todas as partes do mundo, o Governo tomou a decisão de enviar um avião da FAP, sob estreita coordenação do Comando Conjunto das Operações Militares do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA) para Israel”.

Na sequência do ataque lançado sábado contra Israel pelo grupo islâmico Hamas a partir da Faixa de Gaza, estão sinalizados cerca de 100 cidadãos portugueses, entre turistas e residentes, que contactaram o Gabinete de Emergência Consular apenas para assinalarem a sua presença no território, ou para solicitarem apoio na identificação de alternativas para a saída do país, as quais continuam a ser partilhadas, esclareceu ainda o Governo.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

O conflito armado já causou centenas de mortos de ambos os lados e milhares de feridos.