"Nos últimos 15 dias transferimos mais de 2 000 pessoas do campo", onde nesta segunda-feira ainda havia 8 400 migrantes contabilizados oficialmente. "Agora vamos fazer uma operação mais maciça de transferência, já que temos 6 000 vagas disponíveis nos centros de acolhimento da região", disse a fonte. "Vai haver uma presença policial e vamos ser convincentes, mas não está previsto o uso da força em grande escala para forçar todas estas pessoas a saírem", acrescentou.
Segundo outra fonte governamental, os altifalantes instalados no campo divulgavam nesta segunda-feira mensagens para informar os migrantes de que eles deviam preparar-se para sair. A operação será "gradual", como ocorreu no porto do Pireu, de onde 4 000 migrantes foram transferidos desde o fim de abril para centros organizados, disse a primeira fonte.
Nesta segunda-feira ainda era possível ver 1 500 pessoas acampadas em condições improvisadas na zona portuária. Uma fonte policial confirmou à AFP que estava a ser preparada uma operação, mas não disse se ela seria realizada na terça-feira. O envio de reforços policiais pretende "prevenir as reações de uma minoria de migrantes que podem reagir de forma negativa", disse outra fonte policial. "A maioria não levantará nenhuma dificuldade para deixar o local (...) foram tomadas medidas adicionais para evitar as más surpresas", acrescentou.
Milhares de migrantes e refugiados, incluindo muitas crianças, vivem há semanas em péssimas condições neste campo após o encerramento, no início de março, da rota dos Balcãs, utilizada desde 2015 por centenas de milhares de pessoas que fogem dos conflitos e da miséria para chegar aos países do norte da Europa. Nas últimas semanas muitos refugiados tentaram forçar a passagem por esta fronteira e foram defrontados pelo exército e pela polícia da Macedónia.
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