Num ponto de situação feito à agência Lusa, a porta-voz da CP, Ana Portela, indicou que, “até às 16:00, foram realizados 62% dos comboios”, o que equivale a 521 comboios a circular e 321 suprimidos de um total de 842 que estavam previstos.
“Continua a situação que se verifica desde manhã”, apontou a responsável, frisando que “os principais afetados são os comboios regionais e os de longo curso (alfa pendulares e intercidades)”.
De acordo com Ana Portela, a circulação dos urbanos de Lisboa “tem sido quase regular”, na ordem dos 90%, enquanto no Porto circularam 74% das composições em trajetos urbanos.
“Tirando a primeira hora da manhã, tem-se mantido tudo”, acrescentou.
Situação semelhante está a verificar-se na Fertagus, empresa que presta serviço ferroviário suburbano entre a estação de Roma-Areeiro, em Lisboa, e a estação de Setúbal.
A porta-voz da Fertagus, Raquel Santos, disse à Lusa que, também até às 16:00, “foram realizadas 63 circulações de 83 previstas”.
“Desde as 09:00 que a circulação está a fazer-se sem qualquer perturbação”, realçou a representante, justificando que os comboios suprimidos registaram-se no início da manhã, antes dessa hora.
Raquel Santos adiantou que “não deverá haver alterações a este cenário”, já que a Fertagus prevê que as viagens continuem a “decorrer normalmente” no resto do dia.
Os trabalhadores da IP cumprem hoje um dia de greve. A empresa queria serviços mínimos correspondentes a 25% do número de composições habituais de transporte de passageiros, mas o tribunal arbitral entendeu não decretar este serviço face à curta duração da greve e por haver transportes alternativos.
Ao meio-dia, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) estimou uma adesão “muito positiva” de cerca de 80% na greve de hoje, mas admitiu que vários comboios circulam devido a um “sistema antigreve” da IP.
“O balanço que temos é um balanço altamente positivo. A IP faz a gestão das infraestruturas rodoviárias e ferroviárias e em ambos os lados estamos a ter notícias de uma forte adesão”, disse José Manuel Oliveira, da Fectrans, que falava aos jornalistas numa concentração dos trabalhadores em frente à sede da empresa, em Almada.
Falando numa adesão de cerca de 80%, o responsável notou que esse número é “igual ou superior em alguns casos àquilo que foi a greve do dia 12 de março”, mas admitiu que, “na parte mais visível, que é a circulação ferroviária, o impacto não é igual porque há um sistema antigreve”.
De acordo com José Manuel Oliveira, este sistema é “baseado naquilo que são as chefias superiores da empresa e, com isso, [a empresa] consegue fornecer centros de trabalho nevrálgicos” e colocar alguns comboios a circular, em particular na zona de Lisboa.
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