A Frente Comum, comissão sindical, organizou uma greve de 24 horas para esta sexta-feira, dia 20 de maio, que terá, ao que tudo indica, um impacto efetivo no funcionamento das escolas, autarquias, serviços centrais e de saúde, escreve o jornal Público na edição desta quinta-feira.
A Frente Comum, estrutura que junta mais de três dezenas de sindicatos da função pública, já entregou um pré-aviso para permitir que os funcionários públicos possam participar na manifestação.
A manifestação organizada tem como objetivo reclamar aumentos salariais (acima de 0,9%) na função pública. Para além disso, há a intenção de realizar uma greve.
O slogan da manifestação é a “luta contra o empobrecimento e o aumento dos salários em 90 euros”, reivindicações que ganham importância num contexto de inflação, agravada com a subida dos preços dos combustíveis.
Segundo o Público, o aviso prévio de greve por 24 horas tem como objectivo permitir que os funcionários públicos possam participar na manifestação, que começa às 14h30 e terá lugar no Marquês de Pombal, com vista a chegar à Assembleia da República.
“O aumento dos salários além dos 0,9% é o principal motivo para a manifestação, porque tem que ver com o Orçamento do Estado para 2022. É o que nos interessa que seja alterado já”, afirma Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum.
“Não nos podemos esquecer que há mais de 100 mil trabalhadores da administração pública que ganham o salário mínimo [705 euros] e a esmagadora maioria dos outros está longe de ter salários altos. Têm chegado aos sindicatos relatos de trabalhadores em grandes dificuldades. Se antes desta subida da inflação já viviam com dificuldades, agora mais sentem”, destaca.
“É por isso que achamos a posição do Governo de dizer que não pode aumentar salários porque isso mexe na inflação um absurdo. O Governo tem é de regular preços e ajudar os trabalhadores a fazer face às situações que vivem hoje”, finaliza Sebastião Santana.
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