Na manhã de hoje, no primeiro dia de greve, a Federação dos Trabalhadores em Funções Pública e Sociais tinha divulgado uma adesão de 70% de um universo de cerca de 300 guardas-florestais.

O arranque da greve ficou assinalado com uma concentração de cerca de meia centena de funcionários do Estado afetos ao Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR junto do Ministério da Administração Interna, em Lisboa, exigindo suplementos remuneratórios e o ingresso dos 200 novos elementos prometidos pelo Governo.

Em causa está a atribuição dos suplementos remuneratórios, o descongelamento das carreiras e a integração de 200 novos guardas-florestais, que já deviam estar em funções desde abril, mas ainda nem foi aprovado o diploma que estabelece a carreira e permite o ingresso dos novos elementos, segundo a Federação.

Durante a vigília, uma delegação da Federação dos Trabalhadores em Funções Pública e Sociais entregou ao secretário de Estado da Proteção Civil um documento para exigir a resolução das principais reivindicações.

Com o fim da carreira de guarda florestais é necessário que o Governo aprove alterações ao decreto lei para que a carreira passe a integrar normas de ingresso de novos elementos, nomeadamente os 200 anunciados pelo executivo, de acordo com a estrutura sindical que representa estes trabalhadores.

Orlando Gonçalves, dirigente da comissão executiva da Federação, explicou aos jornalistas que, na segunda-feira passada, decorreu uma reunião com o secretário de Estado da Proteção Civil, que prometeu que a alteração ao decreto lei seria aprovado na quinta-feira em conselho de ministros, mas tal não aconteceu.

Este dirigente estimou que só no próximo Verão os 200 novos guardas-florestais entrem em funções, uma vez que após a aprovação, as alterações têm de ser publicadas em Diário da República, sendo depois abertos os concursos, feita a seleção e a formação, que dura seis meses.

Orlando Gonçalves disse também que as carreiras dos guardas-florestais não foram descongeladas, como na maioria dos trabalhadores da função pública, já que o Governo considera que progrediram na carreira em 2016, quando transitaram para a nova carreira.

Estes trabalhadores propõem ainda que atribuição do suplemento de carreira seja feita em duas fases, um primeiro aumento de 7% agora e os restantes 7% em janeiro de 2020.

“O secretário de Estado disse que os 200 novos trabalhadores estão para breve, quanto ao resto, descongelamento e suplementos, disse que o Governo não tinha condições para cumprir essas exigências”, adiantou.

O sindicalista disse ainda que os guardas-florestais neste momento “estão apenas a fazer investigação dos incêndios”, estando posto em causa o patrulhamento florestal devido à falta de efetivos e meios.

Também a investigação à caça e pesca, outras das competências dos guardas-florestais, não está a ser feita “porque não existe capacidade devido ao número de elementos a nível nacional”, sustentou.

Atualmente existem 300 guardas-florestais com uma média de idades de 50 anos.

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