
Em declarações aos espanhóis, Pedro Sanchéz diz ainda não saber as causas para o apagão e que neste momento "não descarta qualquer hipótese ou possibilidade".
Às 12h33 espanholas durante cinco segundos "subitamente" houve uma perda de 15 gigawatts de energia que estava no sistema, o que corresponde a 60% da energia consumida em Espanha.
Em Espanha também a rede está a ser resposta com ajuda de França e Marrocos, encontrando-se restabelecida a 50%. O líder socialista lembrou que esta situação nunca aconteceu e que neste momento todas "as instituições do Estado e operadores" estão a trabalhar em conjunto para percber as causas.
Já Luís Montenegro havia dito que “há uma outra reflexão que nós podemos tirar daqui: ao contrário de Espanha, que teve a ajuda das outras ligações que tem, nomeadamente com França e com Marrocos, nós estamos apenas dependentes, numa situação de constrangimento, da ligação que temos a Espanha. Há muito tempo que nós vimos lutando na União Europeia pelo reforço das interligações com a Europa para podermos ter maior autonomia, quer para receber, quer para vender energia”.
Em Espanha, Sánchez também convocou as forças armadas para reforçar a segurança durante a noite.
“A noite vai ser longa”, concluiu.
Segundo Sánchez, todos os hospitais estão também a funcionar e foram acionados serviços de apoio domiciliário e outros a pessoas com necessidades especiais.
Depois de insistir várias vezes em que se desconhecem as causas do apagão, Sánchez apelou à responsabilidade dos espanhóis e alertou para a desinformação que está a circular. Em concreto, pediu aos cidadãos para seguirem apenas "informação oficial" e para não partilharem outra, de "duvidosa procedência".
O líder do Governo espanhol pediu ainda para serem reduzidas "ao mínimo" as deslocações e para haver uma "utilização responsável do telemóvel", com chamadas curtas, atendendo às perturbações nas comunicações, sem recurso à linha de emergência 112, a menos que seja “realmente necessário”.
Revelou ainda que o Governo espanhol tem estado em contacto com os parceiros e as instituições europeias, assim como com a NATO (a aliança de defesa entre países da Europa e da América do Norte).
As telecomunicações também tiveram problemas, à semelhança de Portugal, que foram sendo prejudicadas pela rede elétrica. O tráfico portuário está a correr normalmente, mas o aéreo sofreu atrasos e cancelamentos. Dos 6000 voos programados foram cancelados 344.
Mas na rede ferroviária houve 35 mil passageiros que foram afetados.
*Com Lusa
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