O anúncio foi feito por representantes da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que hoje foram recebidos pelos ministros das Finanças e da Saúde.
Em conferência de imprensa, o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, informou que a delegação governamental deverá apresentar a nova proposta numa próxima reunião no dia 18 deste mês.
Para já, vão realizar-se plenários regionais com a Ordem dos Médicos e nos locais de trabalho e será convocado um novo Fórum Médico.
As estruturas sindicais vão igualmente solicitar reuniões com as direções partidárias, com as centrais sindicais, com a Associação Nacional dos Municípios e com o Presidente da República.
No horizonte mantém-se a perspetiva de uma greve nacional médica a realizar na primeira semana de outubro, mas sempre após as eleições autárquicas (01 de outubro), de forma a não interferir no processo eleitoral, como explicou o dirigente da FNAM, Mário Jorge Neves.
Jorge Roque da Cunha sublinhou que não estão em causa aumentos salariais, mas apenas a reivindicação do fim de “medidas lesivas transitórias impostas pela troika”.
Entre as reivindicações destes sindicatos está a diminuição das 18 para as 12 horas de trabalho no serviço de urgência, o que permitirá que haja mais médicos para cirurgias programadas, diminuindo-se as listas de espera e aumentando o número de consultas e um melhor acompanhamento dos doentes internados.
A diminuição das listas de utentes a cargo dos médicos de família também iria permitir que os clínicos “dediquem mais tempo para os seus utentes, que assim terão uma melhor garantia de acesso”.
Tanto a FNAM como o SIM referiram que a delegação governamental “reconheceu que se tratou de um erro a menção contida no documento [proposta negocial enviada aos médicos] sobre o cumprimento obrigatório do serviço de urgência após os 55 anos de idade.
Os sindicatos pretendem que esta negociação esteja encerrada até 30 de setembro.
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