No site da Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) é possível consultar a lista atualizada dos postos de abastecimento que constituem a REPA através deste mapa.

Se preferir consultar os postos de abastecimento REPA numa listagem, tal também é possível, basta aceder aqui para os postos em Portugal Continental e aqui para a lista de postos nas regiões autónomas.

No entanto, para facilitar a vida aos condutores, o grupo de Voluntários Digitais em Situações de emergência (VOST) recupera o "Já não dá para abastecer" — um mapa onde é possível não só consultar os postos, como averiguar se estes ainda têm o combustível pretendido. Esta plataforma, lançada em abril, por altura da primeira paralisação, foi melhorada e apresenta várias mudanças.

Para se orientar: marcador vermelho é sinal de que já não há combustível, marcador amarelo é sinal de que ainda há algum combustível, marcador verde é sinal de que todos os tipos de combustível ainda estão disponíveis e marcador azul é sinal de que se trata de um posto REPA.

O VOST melhorou ainda a experiência de utilização desta plataforma em mobile, já que na primeira greve 80% dos acessos foram feitos desta forma. Mas fica o alerta: se estiver a conduzir, não consulte a plataforma. Pare a viatura e só depois faça a sua consulta. Para evitar erros, o grupo criou ainda um sistema de validação automático.

Aqui está o mapa:

Também com vista a facilitar a vida aos automobilistas, a aplicação Waze associou-se à VOST e vai atualizar a informação na sua plataforma. A aplicação de navegação já dava indicação dos postos mais próximos, mas agora passa a integrar os postos REPA.

"O que nós fizemos foi identificar todos os postos que vão funcionar com um sistema de REPA [Rede de Emergência de Postos de Abastecimento] e REPA SOS [para veículos prioritários], para o caso desta paralisação dos motoristas de mercadorias e matérias perigosas", disse à Lusa António Antunes, da Waze. "Assim torna-se mais fácil para que os utilizadores, no seu dia-a-dia, encontrem mais facilmente os postos que estão disponíveis para fazer a venda de combustível caso a paralisação dos motoristas avance", considerou o responsável.

O 'site' vai também indicar se ainda estará disponível combustível em cada posto da rede de emergência. "Iremos depois indicar se esses postos de combustível, caso isso chegue a um extremo, têm ou não têm combustível, ou se já esgotaram o combustível. Isso é uma informação que é importante, as pessoas escusam de fazer fila ou deslocarem-se para um posto que já está fechado", disse. António Antunes assegura que desta forma é possível "coordenar melhor a deslocação das pessoas na cidade e quem está fora da cidade, nos outros locais do país".

Esta quarta-feira, uma vez que motoristas e patrões não chegaram a acordo, pelo que se mantém o pré-aviso de greve para o dia 12 de agosto, o governo decretou preventivamente o estado de emergência energética e fixou serviços mínimos.

O estado de emergência permitiu constituir a REPA, tendo sido estipulados 54 postos prioritários e 320 postos de acesso público, sendo que nestes últimos o abastecimento foi racionado em 15 litros por veículo.

No que diz respeito a serviços mínimos, estes são de 100% para abastecimento destinado à REPA, assim como para abastecimento de combustíveis em instalações militares, para serviços de proteção civil, bombeiros e forças de segurança. Também para transporte e abastecimento de combustíveis, matérias perigosas, medicamentos e todos os bens essenciais destinados ao funcionamento dos hospitais e centros de saúde, entre outras unidades de saúde, o executivo decretou serviços mínimos de 100%.

Já para o abastecimento de combustíveis destinados a abastecimento dos transportes públicos foram decretados serviços mínimos de 75%, assim como bens essenciais destinados ao funcionamento dos serviços prisionais, lares e centros de acolhimento. Também para o transporte de bens alimentares e de primeira necessidade e alimentação para animais em explorações foram definidos serviços mínimos de 75%.

Já nos postos de abastecimento para clientes finais, ou seja, para a generalidade dos consumidores, os serviços mínimos foram fixados em 50%.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que acusam a Antram de não querer cumprir o acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial. Também se associou à greve o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que, com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.

(Notícia atualizada às 09:22)