Numa publicação na sua página oficial na rede social Facebook, o Sindepor classifica como inacreditável e inadmissível “o incumprimento da lei” quanto à definição dos serviços mínimos para a greve de quatro dias que se inicia na terça-feira.
O Sindicato recorda que publicou o pré-aviso de greve em 13 de junho e que só no dia 27 foi marcada reunião para negociar os serviços mínimos, indicando que isso ocorreu “muito além dos prazos previstos” na legislação.
No dia 28 de junho decorreu a reunião na Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho e no dia seguinte foi feito o sorteio dos árbitros para tribunal arbitral que decidiria os serviços mínimos.
No dia 30 de junho, domingo, decorreria reunião do tribunal arbitral, que foi adiada para hoje, não sendo até ao momento conhecidos ainda os serviços mínimos.
Os médicos começam na terça-feira às 00:00 uma greve nacional de dois dias, a que se vão juntar os enfermeiros a partir das 08:00, uma paralisação que se prolonga até ao final da semana.
Os dois sindicatos médicos convocaram uma greve nacional para terça-feira e quarta-feira, sendo o primeiro dia agendado pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e o segundo marcado pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que também promove na quarta-feira à tarde uma manifestação junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa.
Cada uma das classes profissionais tem reivindicações específicas, mas tanto médicos como enfermeiros argumentam que lutam pela dignidade da profissão e por um melhor Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os médicos querem que todos os portugueses tenham médico de família, lutam pela redução das listas de utentes dos médicos e por mais tempo de consultas, querem a diminuição do serviço em urgência das 18 para as 12 horas, entre várias outras reivindicações, que passam também por reclamar que possam optar pela dedicação exclusiva ao serviço público.
No pré-aviso de greve, os médicos pedem ainda que seja negociada uma nova grelha salarial, que indicam que já devia ter ocorrido em janeiro de 2015.
Quanto aos enfermeiros, o Sindepor reclama o descongelamento das progressões de todos os enfermeiros, independentemente do vínculo ou da tipologia do contrato de trabalho e que sejam definidos os 35 anos de serviço e 57 de idade para o acesso à aposentação destes profissionais.
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