“Sabemos que temos mais de 12.000 corvos-marinhos-do-cabo mortos até agora, o que é provavelmente uma estimativa em baixa”, afirmou a investigadora Katta Lundynia, da fundação sul-africana para a preservação de animais costeiros, citada pela agência France-Presse (AFP).
A investigadora apontou que nem todas as praias estão a ser monitorizadas e que algumas carcaças podem estar a ser levadas pelo mar.
Os corvos-marinhos-do-cabo fazem ninho ao longo da costa entre África do Sul e Angola, estimando-se uma população de cerca de 234.000 elementos.
A vaga de gripe aviária surge num momento em que os corvos-marinhos-do-cabo enfrentam uma diminuição do número de peixes, em particular de sardinhas.
A falta de alimentos pode, de acordo com a investigadora, ter enfraquecido os animais, tornando-os mais vulneráveis aos efeitos do vírus.
“Há uma pressão comercial muito forte sobre a pesca da sardinha, mas há também fortes pressões ambientais relacionadas com o clima”, acrescentou Ludynia.
A investigadora sublinhou que não é possível tratar os corvos-marinhos-do-cabo infetados com a doença e que a única forma de impedir a sua propagação é através da remoção rápida de carcaças e do abate de aves com sintomas desta gripe.
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