Em nota enviada às redações, o Partido Social Democrata (PSD) diz ter entregado na Assembleia da República "uma pergunta dirigida à ministra da Saúde, para que seja enviada ao Parlamento, com caracter de urgência, informação relativa à mortalidade materna".
De acordo com o comunicado, a DGS anunciou, há seis meses, "a criação de uma comissão para investigar as respetivas causas e analisar os óbitos ocorridos". Os parlamentares sociais democratas queixam-se que "até hoje, não se conhecem os resultados desse trabalho" e pedem à ministra da Saúde, por intermédio da DGS, que envie essas conclusões com "carácter de urgência".
"No passado dia 19 de julho, a Senhora Diretora-Geral de Saúde, Dr.ª Graça Freitas, confrontada em audição na comissão de saúde com o facto de não ser ainda conhecido o Relatório da DGS sobre a Mortalidade Materna, referente ao período de 2017/2018, que supostamente estaria concluído desde o início de 2020, afirmou que 'temos todo o gosto [em enviar o relatório], só lhe vou pedir uns dias para ver se tem erros ortográficos (…)', refere o mesmo comunicado.
Contudo, diz o PSD, o "relatório não foi enviado à Assembleia da República".
O pedido surge na sequência da morte de uma mulher grávida, transferida do Hospital de Santa Maria para o Hospital São Francisco Xavier, por ausência de vagas no serviço de neonatologia.
Durante a viagem, ocorreu uma paragem cardiorrespiratória, tendo sido realizados trabalhos de reanimação no transporte.
Segundo um comunicado do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), já no Hospital São Francisco Xavier a grávida foi “submetida a uma cesariana urgente, tendo o recém-nascido, de 722 gramas, ido para a unidade de cuidados intensivos neonatais por prematuridade”.
“A mãe ficou internada nos cuidados intensivos, vindo a falecer”, indicou o CHULN, enviando “as mais sentidas condolências à família”.
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