A recompensa oferecida pelo grupo mercenário russo foi sinalizada ao ministro pelos serviços de inteligência italianos há cerca de 10 dias, de acordo com o mesmo jornal, citado pela agência de notícias italiana ANSA.
O Il Foglio noticiou ainda que Crosetto não aumentou o seu destacamento de segurança, apesar da ameaça.
No início desta semana, Crosetto acusou o grupo Wagner de expulsar migrantes de África, especialmente da Líbia, em retaliação ao apoio de Roma à Ucrânia.
A Wagner, que é mais conhecida atualmente pelo seu papel na invasão russa da Ucrânia, também está ativa no Mali, República Centro-Africana, Sudão, Síria e Líbia.
O fundador do grupo Wagner, Yevgeny Prigojine, respondeu às acusações de Crosetto de que o grupo mercenário estava a impulsionar a migração de vários países africanos para Itália, dizendo que o grupo não lidava com migrantes.
Prigojine chamou ainda a Crosetto ‘mudak’, um termo russo muito ofensivo que significa literalmente testículo, mas que costuma significar idiota.
Crosetto acusou a empresa privada russa pró-Kremlin de travar uma “guerra híbrida” e de impulsionar a migração nos países africanos onde está presente.
Itália é abrangida pela chamada rota do Mediterrâneo Central, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção à Europa, nomeadamente aos territórios italiano e maltês.
O número de chegadas de migrantes pela rota do Mediterrâneo central aumentou 116% em janeiro e fevereiro em comparação com 2022, segundo a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex).
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