“Para as centenas de milhões de pessoas que vivem em pequenos estados insulares em desenvolvimento e outras áreas costeiras baixas em todo o mundo, o aumento do nível do mar é uma torrente de problemas”, disse Guterres, falando ainda num "êxodo em massa de populações inteiras em escala bíblica”.
De acordo com o secretário-geral da ONU estão mesmo em causa necessidades básicas, além de atividades económicas ameaçadas pelas marés altas, incluindo o “acesso à água, alimentos e cuidados de saúde” e “indústrias-chave como agricultura, pesca e turismo”.
De acordo com os dados revelados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o serviço de monitorização climático e meteorológico da ONU, o nível médio global do mar aumentou um quinto de metro desde 1901 e 2018. Metade do aumento do nível do mar até hoje é de “expansão térmica”, o que significa que a água expande-se à medida que fica mais quente, e a outra metade é de degelo.
"O ritmo de ascensão dos níveis dos oceanos está a ficar muito mais rápido. A taxa média de elevação do nível do mar passou de 1,3 milímetros por ano antes de 1971 para 1,9 milímetros por ano entre 1971 e 2006. Entre 2006 e 2018, subiu 3,7 milímetros por ano", lê-se no relatório da OMM, que projeta ainda o aumento do nível do mar de 1 a 1,5 metros pés até 2100. “Em menos de 80 anos, 250 milhões a 400 milhões de pessoas provavelmente precisarão de novas casas em novos locais”, observou o presidente da Assembleia Geral da ONU, Csaba Körösi.
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