Numa mensagem gravada em vídeo, António Guterres deixa a garantia de que “as Nações Unidas vão continuar a aproximar as pessoas, a construir pontes e a criar espaço para soluções”.
“Ao iniciarmos este Ano Novo, juntos vamos enfrentar ameaças com que nos defrontamos e vamos defender a dignidade humana e construir um futuro melhor”, afirmou.
Sobre o ano que termina, António Guterres lembrou que emitiu um “alerta vermelho” e destacou aqueles que são os “perigos que ainda persistem”.
“O nosso mundo está a passar por um teste de stress. As alterações climáticas avançam muito mais rapidamente do que nós. As divisões geopolíticas estão a aprofundar-se, tornando os conflitos mais difíceis de resolver. Um número recorde de pessoas está em movimento na busca de segurança e proteção. As desigualdades estão a aumentar. E as pessoas questionam-se perante um mundo no qual um punhado de pessoas detém a mesma riqueza que metade da humanidade”.
O secretário-geral da ONU fez ainda referência ao aumento da intolerância e à queda da confiança, considerando, contudo, haver razões para ter esperança.
“As negociações sobre o Iémen criaram condições para a paz. O acordo assinado em Riade em setembro, entre a Etiópia e a Eritreia, melhorou as perspetivas de toda a região. A assinatura de um acordo entre as partes do conflito do Sudão do Sul revitalizou as perspetivas de paz, trazendo mais progresso nos últimos quatro meses, do que nos quatro anos anteriores”, especificou.
O responsável fez também questão de destacar a união dos Estados-membros da ONU em Katowice, na Polónia, onde foi adotado o Programa de Trabalho para aplicação do Acordo de Paris (acordo mundial sobre as alterações climáticas), considerando que agora é momento de aumentar a ambição para combater as alterações climáticas.
“É tempo de aproveitarmos a nossa última melhor oportunidade. É tempo de travar o descontrolo e a espiral das alterações climáticas.”
Na mensagem, destaca a ação da ONU para que fossem adotados acordos globais de referência sobre migração e refugiados e a mobilização das pessoas em apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
“Quando a cooperação internacional funciona, o mundo ganha”, considerou.
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