O porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, disse que há “uma retórica cada vez mais perigosa na região, e a retórica também é perigosa”.
O secretário-geral apelou à máxima contenção de todas as partes.
“O mundo e a região não podem permitir-se outro conflito aberto”, sublinhou o representante de Guterres.
Esta quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hosein Amir Abdolahian, é esperado em Nova Iorque para participar como observador na histórica sessão do Conselho de Segurança que irá votar o pedido palestiniano de adesão plena à ONU.
Não está excluída a possibilidade de Abdolahian se encontrar com o secretário-geral, que terá uma agenda preenchida com reuniões com os chefes da diplomacia de vários países árabes que também participarão na sessão.
Após o ataque iraniano a Israel na noite de sábado para domingo, Abdolahian manteve conversações com cerca de 20 ministros dos Negócios Estrangeiros e organizações internacionais para conter uma possível retaliação por parte de Israel, que insiste que tem o direito de responder.
Os dirigentes iranianos também elevaram o tom das suas advertências contra Israel e os países ocidentais face a uma possível resposta de Telavive, que Teerão diz ter sido dirigida apenas a alvos militares.
O Irão lançou um ataque sem precedentes contra o território israelita, na noite de 13 para 14 de abril, que justificou como uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta “à agressão do regime sionista” contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco (Síria), ocorrida a 1 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
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