O documento da ARS-N, a que a Lusa teve hoje acesso, mostra que 25 dos 85 concelhos tutelados pela instituição contabilizaram um crescimento superior a 50% de novos casos de infeção entre a penúltima (21 a 27 de março) e última semana de março (28 a 3 de abril).
Dos 18 concelhos do distrito do Porto, oito aumentaram o número de novos casos, tendo o maior crescimento sido registado em Santo Tirso (467%), que passou de seis para 34 novos casos.
O concelho de Valongo aumentou 177%, passando de 22 para 61 novos casos, bem como Vila do Conde, que passou de sete para 17 novos casos, e a Maia, que passou de 17 para 39 novos casos.
Em Marco de Canaveses, Matosinhos, Paredes e Trofa o aumento de novos casos variou entre os 50% e 82%, com os mesmos concelhos a passarem de dois para três novos casos, de 38 para 58, de 24 para 41 e de 11 para 20 novos casos, respetivamente.
No distrito de Braga, o maior crescimento de novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 foi registado em Amares (300%), que passou de um para quatro novos casos.
Nos concelhos de Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Braga o crescimento de novos casos de infeção variou entre os 58% e 75%, com os mesmos concelhos a passarem de 12 para 19 novos casos, 38 para 63 e de 24 para 42 novos casos, respetivamente.
O concelho de Esposende aumentou 133%, passando de três para sete novos casos, bem como Fafe, que passou de cinco para 11 novos casos, e Vieira do Minho, que passou de dois para quatro.
Dos 12 concelhos do distrito de Bragança, três acompanharam esta tendência de crescimento, nomeadamente, Vimioso com 500% de crescimento (passando de um para seis novos casos), Mirandela com 300% (passando de um para quatro) e Bragança com 100% (passando de três para seis).
No distrito de Vila Real, o concelho de Chaves registou um crescimento de 1.300%, passando de um para 14 novos casos, e o de Valpaços de 250%, passando de dois para sete novos casos.
No distrito de Aveiro [onde a ARS-N abrange sete dos 19 concelhos], Espinho e Vale de Cambra também acompanharam a tendência de crescimento, passando de três para sete novos casos e de dois para cinco, respetivamente.
Os concelhos de Monção e de Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo, também registaram crescimentos de 50% e 100%, passando de dois para três novos casos e de um para dois novos casos, respetivamente.
Já no distrito de Viseu [onde a ARS-N abrange 10 dos 24 concelhos], Lamego foi o único que acompanhou esta tendência, ao registar um crescimento de 200%, passando de quatro para 12 novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2.
O relatório da ARS-N indica também que seis concelhos têm o dobro da incidência registada na região, que se fixa agora nos 47,9 casos por 100 mil habitantes a cada 14 dias: Vimioso (174), Peso da Régua (145,8), Ribeira de Pena (133), Paços de Ferreira (107,5), Póvoa de Varzim (103,5) e Cinfães (98,7).
Apesar do valor da incidência (133 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias), em Ribeira de Pena o crescimento de novos casos foi de 0%.
Este relatório da ARS-N contempla dados até 3 de abril
O boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (DGS) divulgado na segunda-feira, e que contem dados entre 17 e 30 de março identifica 26 concelhos acima do limiar de risco de incidência da covid-19 (acima dos 120 por 100 mil habitantes)
Ribeira de Pena aparece, naquele boletim da DGS, como um dos sete concelhos onde, até 30 de março, a incidência ultrapassava os 240 casos por 100 mil habitantes.
Já de acordo com o relatório da ARS-N, nas duas semanas que antecederam 03 de abril, Paços de Ferreira registou um crescimento de 35% infeção, tendo passado de 26 para 35 novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2.
No sábado, 03 de abril, a Câmara de Paços de Ferreira, no distrito do Porto, informou que sofreu “sofreu um aumento significativo” de casos relacionados com a covid-19, 30% dos quais com origem num surto fabril, tendo passado ao nível Amarelo da transmissibilidade, informou hoje o município.
“Três semanas após a implementação da Matriz de Risco, que conjuga os dados relativos à incidência cumulativa a 14 dias por 100 mil habitantes e o Risco de transmissibilidade (Rt) a 7 dias, podemos verificar que o concelho sofreu um aumento de ambos os indicadores, e com essa aceleração passa para o quadrante amarelo da transmissibilidade, com uma incidência muito próxima do limite superior”, indicou a autarquia.
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