De acordo com notícia do jornal Público, nem todas as escolas disponibilizam aulas online para alunos que se encontrem em isolamento. O responsável da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascenção, afirma, no entanto, que no primeiro período lhe chegaram mais queixas devido a esta questão e que, sempre que tal se verifica, tentam resolver o problema, nomeadamente através de um contacto direto com as escolas.

“São casos relacionados com questões diferentes, por vezes por as condições técnicas não serem as melhores. Mas com os alunos em casa, o que está previsto é que possam assistir remotamente às aulas, e é isso que faz sentido. E os alunos já terão todos computador, portanto, havendo os meios, é uma questão de as escolas e os professores se organizarem”, explica.

“O que se espera é que quando um aluno vai para casa em isolamento, não fique desligado”, afirma ainda o representante da Confap, apelando ainda a que as escolas façam um esforço para garantir esse acesso, para minimizar o impacto do isolamento.

Já o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima, desvaloriza a ausência da disponibilização que as aulas online por parte de alguns estabelecimentos de ensino e defende que esta não é a única forma de os estudantes acompanharem os conteúdos das aulas.

“Cada escola tem, por causa da pandemia, o seu plano de ensino à distância. E ele não se resume às aulas online. Pode ser o uso frequente do ‘classroom’, pode ser a visualização, complementar, de episódios do Ensino em Casa e há outras estratégias que cada escola desenvolve, tendo em conta os conteúdos programáticos”, acrescenta.

Filinto Lima defende ainda que "o ensino à distância é muito redutor, mas se a escola tiver o computador virado para o quadro, os pais ficam mais satisfeitos, quando deviam dar mais valor à plataforma Classroom, às aulas assíncronas, que podem ser gravadas, e a outros métodos recomendados pelos professores”.

O jornal refere ainda ter contactado o Ministério da Educação que disse não ter recebido qualquer queixa relacionada com a falta de acesso às aulas online, mas lembra que as escolas devem dar resposta aos alunos que se encontrem em isolamento, de acordo com os planos que estabeleceram para o efeito no âmbito da pandemia.