Os valores médios das rendas nos imóveis anunciados no portal Imovirtual deram um salto de 19,1% entre março e abril. Um "aumento significativo", refere a plataforma, que empurra as rendas médias dos 1.070 para os 1.274 euros mensais, e diverge da estabilidade dos aumentos progressivos registados desde o ano passado. Em abril de 2021, as rendas médias fixavam-se nos 991 euros — ou seja, o aumento em um ano é de 28,6%.

Em comunicado, o portal de anúncios de imobiliário refere que Évora é o distrito com a subida mais significativa: 59,1% de aumento, passando de um valor médio de 650 euros para os 1.034 praticamente duplicando o valor registado em igual período do ano passado. Também na Guarda há aumentos significativos, com as rendas anunciadas a subirem 46% face a março — e 62% em comparação ao período homólogo de 2021 —, passando dos 411 euros mensais médios em março para os 600 euros em abril.

Faro também regista subidas acima dos 40% (43,8), passando dos 863 euros médios de renda para os 1.241 euros.

Em sentido inverso, o distrito de Beja, que no mês anterior registou o maior aumento, tem agora a maior queda do valor de renda face a março (-20,4%), descendo de 628 euros para 500 euros, revelam as contas do Imovirtual. Ainda assim, face a abril do ano passado, é em Évora que se regista o maior aumento do preço de renda, que quase duplica: sobe dos 518 euros para os 1.034 euros.

A mesma fonte regista também subidas homólogas significativas na Guarda (+62%), que passa dos 370 euros em 2021 para os 600 euros em abril de 2022, e em Bragança (+59,9%), que sobe de 398 euros em abril do ano passado para os 636 euros agora.

O distrito com maior quebra, ainda que ligeira, do preço de renda é Portalegre (-1,8%), descendo de 360 euros para 353 euros. Portalegre é o distrito mais barato em abril para arrendar casa em Portugal.

Preço de venda também subiu. Valor médio aproxima-se dos 400 mil euros

Segundo os mesmos dados, o preço médio de venda anunciado em abril de 2022 subiu ligeiramente (+2,9%) em relação a março, fixando-se agora nos 391.465 euros, em comparação com 380.558€ no mês anterior. Segundo o Imovirtual, "o valor tem vindo a aumentar progressivamente desde o início do ano passado. Comparativamente com o período homólogo do ano anterior, quando o valor médio das casas era de 352.565€, há um aumento de +11% do preço de venda dos imóveis."

Lisboa lidera como o distrito com maior aumento do preço de venda, de março para abril (+6,3%), onde o preço médio passa dos 595.860 euros para os 633.192. Lisboa mantém-se, assim, como o distrito com as casas mais caras. Com subidas de preço menos significativas encontram-se Aveiro (+3,3%), Braga (+3,2%) e Setúbal (+2,8%).

Castelo Branco regista o maior decréscimo do preço médio de venda registado em abril (-7,6%), passando de 128.450 euros para 118.710 euros, seguindo-se Portalegre (-6,7%), que baixa para 115.884  euros, sendo o segundo distrito mais barato, depois da Guarda (109.343 euros), segundo os anúncios na plataforma.

Em comparação com o período homólogo de 2021, é novamente Évora o distrito com maior aumento do preço médio de venda em abril (+26,2%), que sobe de um preço médio de 201.872 euros para 254.814 euros este ano. À semelhança do mês anterior, as regiões onde também aumentou o preço médio de forma significativa foram Setúbal (+22,4%) e a Região Autónoma da Madeira (+20,3%).

Castelo Branco e Guarda, os dois distritos mais baratos para comprar casa, registam a maior quebra do preço médio de venda face a abril do ano passado, descendo respetivamente -5,6% e -4,8%.

(Artigo atualizado às 11:17)