A ordem israelita implica a deslocação de cerca de metade dos 2,3 milhões de pessoas que residem na Faixa de Gaza.
“O nosso povo palestiniano rejeita a ameaça dos dirigentes da ocupação [israelita] e os seus apelos para que abandonem as suas casas e fujam para o sul ou para o Egito”, disse o Hamas num comunicado citado pela agência francesa AFP.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), que criticou a ordem israelita, anunciou hoje que se retirou para o sul da Faixa de Gaza.
“Por entendermos que há aqui civis que não são nossos inimigos e que não os queremos atingir, estamos a pedir-lhes que se retirem”, justificou um porta-voz do exército de Israel, Jonathan Conricus, citado pela agência norte-americana AP.
Israel tem concentrado forças junto à Faixa de Gaza numa indicação de uma possível ofensiva terrestre, depois de ter bombardeado o território controlado pelo grupo islamita Hamas nos últimos dias.
A escalada no conflito israelo-palestiniano foi desencadeada pela incursão sem precedentes do Hamas em Israel no sábado, matando civis e militares e fazendo mais de uma centena de reféns, levados para a Faixa de Gaza.
Desde então, o conflito provocou mais de 1.300 mortos do lado israelita e mais de 1.500 do lado palestiniano.
Os bombardeamentos israelitas provocaram também mais de 423 mil deslocados na Faixa de Gaza.
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