O ex-produtor de 72 anos, que enfrentará um novo julgamento em Nova York em 2025 por violação e agressão sexual, foi hospitalizado após "resultados alarmantes de exames de sangue que exigiram atendimento médico imediato", afirmou o advogado Imran Ansari num e-mail enviado à AFP.

Associações de apoio especializado à vítima de violência sexual:

Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)
910 846 589
apoio@quebrarosilencio.pt

Associação de Mulheres Contra a Violência - AMCV
213 802 165
ca@amcv.org.pt

Emancipação, Igualdade e Recuperação - EIR UMAR
914 736 078
eir.centro@gmail.com

Permanecerá no hospital "até que a sua condição seja estabilizada", acrescentou.

Detido numa prisão de Nova Iorque, o ex-produtor "está a ser privado de atendimento, o que constitui não apenas negligência médica, mas também uma violação dos seus direitos constitucionais", afirmou Ansari.

No comunicado, Juda Engelmayer, porta-voz de Weinstein, destaca que o seu cliente "sofre de várias doenças, incluindo leucemia, e precisa de atenção médica", o que equivale a "maus-tratos que constituem uma punição cruel e incomum".

Weinstein já havia sido hospitalizado em setembro para uma "cirurgia cardíaca".

Em outubro, compareceu num tribunal de Manhattan numa cadeira de rodas, pálido e visivelmente fragilizado.

O ex-proprietário da produtora Miramax deve ser julgado novamente em 2025 em Nova York, depois de um tribunal de apelação ter anulado, em abril, a sua condenação de 2020 a 23 anos de prisão pela violação da atriz Jessica Mann e pela agressão sexual contra a sua assistente de produção Mimi Haleyi.

Weinstein continua detido porque também foi condenado em 2023 a 16 anos de prisão por um tribunal de Los Angeles por outros casos de violência sexual.

As acusações contra Weinstein ajudaram a lançar o movimento #MeToo em 2017, considerado um momento decisivo para a luta das mulheres contra o abuso sexual no trabalho.

Mais de 80 mulheres acusaram Harvey Weinstein de assédio, agressão sexual, ou violação, incluindo Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd.

Weinstein afirmou que as relações sexuais em questão foram consensuais.