Este movimento indicou, em comunicado que o ataque foi realizado com “armas apropriadas” e acrescentou que “há ataques diretos”, referindo ainda que a ofensiva ocorre “em apoio ao firme povo palestiniano na Faixa de Gaza e à sua corajosa e honrada resistência”, segundo a rede de televisão Al Manar, ligada ao grupo.
O Exército israelita, por sua vez, indicou que um dos seus aviões bombardeou uma “estrutura militar da organização terrorista Hezbollah” em Tir Harfa, no sul do Líbano, não havendo, para já, informações sobre vítimas.
“Durante este dia, vários foguetes foram detetados do Líbano contra território israelita nas áreas de Metula e Kiryat Shmona. As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) atacaram os locais dos disparos”, sublinharam os israelitas.
O Chefe do Estado-Maior das IDF, o tenente general Herzi Halevi, viajou até a fronteira entre Israel e o Líbano para avaliar a situação na área, após repetidos ataques em ambos os lados da fronteira.
Halevi sublinhou que Israel só permitirá que os residentes da zona fronteiriça regressem às suas casas “quando for seguro”. Quase 80 mil pessoas deixaram este território após os primeiros ataques do Hezbollah.
A fronteira entre Israel e o Líbano vive o seu maior pico de tensão desde a guerra de 2006, com uma intensa troca de tiros que começou em 08 de outubro, um dia depois do início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano islâmico Hamas, aliado do Hezbollah.
As tensões entre Israel e o Hezbollah, movimento apoiado pelo Irão, aumentaram após a morte, no início de janeiro, do ‘número dois’ do Hamas, Salé al Aruri, e de seis outros membros do grupo, incluindo dois altos funcionários do seu braço armado, as Brigadas Al Qassam, num atentado à bomba em Beirute, atribuído ao Exército israelita.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, garantiu esta semana que as suas tropas “estão prontas e preparadas para uma campanha a norte”.
O risco de um confronto aberto é cada vez mais elevado na fronteira, onde já morreram mais de 230 pessoas, a maioria destas nas fileiras do Hezbollah, que confirmou 176 vítimas, algumas na Síria.
Do lado israelita, 18 pessoas morreram na fronteira norte, incluindo doze soldados e seis civis, enquanto no Líbano morreram cerca de 20 membros de milícias palestinianas, um soldado e 24 civis, incluindo três crianças e três jornalistas.
O atual conflito foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns no dia 07 de outubro, segundo as autoridades israelitas.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva aérea, marítima e terrestre contra a Faixa de Gaza, com cerca de 2,3 milhões de habitantes.
A guerra causou 27.019 mortos na Faixa de Gaza, segundo um novo balanço divulgado hoje pelo Ministério da Saúde do movimento islamita, que controla o território desde 2007.
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