“Todos os 25 trabalhadores aderiram à greve, pelo que o restaurante está mesmo fechado”, disse à agência Lusa o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, Nuno Coelho.
O principal motivo da greve deve-se ao facto de a empresa “não ter cumprido o acordo de pagar em julho o subsídio de Natal, decidido numa reunião no Ministério do Trabalho, nem, depois, em outubro, como posteriormente ficou combinado”.
“Mas também pretendemos protestar porque os vencimentos mensais estão a ser pagos ultimamente em duas ou três parcelas mensais, além de que os salários estão congelados há uma década”, afirmou.
Depois de “a gerência ter deixado ao abandono o restaurante", há quatro anos, a empresa entrou em dificuldades e as dívidas ao Fisco e à Segurança Social “chegaram aos dois milhões de euros", sublinhou o sindicalista.
A tentativa de resolver o problema passou pelo recurso a um Processo Especial de Revitalização (PER), aceite pelo Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia, e pela chegada de um gestor.
“O problema é que as suas decisões não ajudam em nada à viabilização da casa”, sublinhou.
“Estamos a lutar pela defesa dos postos de trabalho. Mas os trabalhadores continuam numa grande incerteza quanto ao futuro”, acrescentou.
Fundada a 29 de julho de 1972, a cervejaria detida pela empresa Atividades Hoteleiras da Galiza Portuense é “uma das referências do Porto no setor da restauração”, mas, ao ter alterado “para pior produtos e serviços”, colocou “em causa a qualidade e diversidade do serviço, o que levou ao afastamento de clientes importantes da casa”, figuras “de grande relevância nacional ligada à politica, artes e desporto”, referiu o sindicato, num comunicado.
Não foi possível um contacto com a gestão do estabelecimento.
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