Num documento judicial tornado público na terça-feira, os procuradores disseram que Alexander Smirnov, de 43 anos, admitiu num interrogatório que “funcionários associados à inteligência russa estiveram envolvidos na divulgação de uma história” sobre Hunter Biden.

O MP disse que os contactos de Smirnov com as autoridades da Rússia eram recentes e extensos e que o informador tinha planos para se encontrar com um dirigente da secreta russa durante uma viagem ao estrangeiro.

Os procuradores pediram ao juiz Daniel Albregts que decretasse a prisão preventiva de Smirnov, mas o magistrado permitiu que o arguido fosse libertado com pulseira eletrónica.

Smirnov foi detido a 15 de fevereiro, em Las Vegas, no estado de Nevada, no oeste dos EUA, assim que regressou do estrangeiro, indicou um comunicado do procurador especial que investiga Hunter Biden.

O arguido é suspeito de ter mentido, acusando Joe e Hunter Biden de terem recebido, cada um, cinco milhões de dólares (4,64 milhões de euros) em subornos para permitir que uma empresa de gás ucraniana, a Burisma, escapasse a um processo judicial.

O ex-informante “forneceu informações falsas e depreciativas ao FBI sobre” os dois membros da família Biden, de acordo com a acusação, referindo que este pode ser condenado até 25 anos de prisão pelo crime.

Este novo desenvolvimento vem fragilizar a investigação de destituição conduzida pelos republicanos no Congresso contra Joe Biden, meses antes de um provável novo confronto entre o democrata e o ex-dirigente Donald Trump pela presidência, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).

A direita acusa Joe Biden, até agora sem provas conclusivas, de ter usado a influência enquanto vice-Presidente de Barack Obama (2009-2017) para permitir que o filho Hunter efetuasse negócios duvidosos na Ucrânia e na China.

A história de Smirnov tornou-se num elemento central que alimentava estas suspeitas.

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