Na primeira sessão do julgamento, o arguido justificou o disparo, dizendo que queria “matar os ratos" que andam na casa da sua mãe.

“Estava a disparar em direção à comida para atingir uma ratazana”, quando surgiu repentinamente a criança que foi atingida na cara, adiantou o homem.

Sobre o facto de não ter prestado qualquer auxílio à criança ferida, tendo-se mantido no quarto, disse que após o acontecimento ficou “bloqueado”.

O arguido estava acusado pelo Ministério Público (MP) de um crime de homicídio qualificado na forma tentada, mas após a abertura de instrução foi pronunciado por um crime de ofensa à integridade física agravada.

Os factos ocorreram no dia 29 de julho de 2019, cerca das 18:00 na residência da mãe do arguido em Válega, Ovar.

Segundo o MP, os dois sobrinhos menores deslocaram-se ao quarto onde o tio pernoita para o cumprimentarem, mas este “bateu as duas mãos simulando um soco", assustando um dos menores que saiu do quarto.

A outra criança entrou no quarto do arguido e este, desagradado com a sua presença, pegou numa arma de ar comprimido e desferiu com esta uma pancada no nariz do menor, tendo de seguida direcionado a arma para a cabeça daquele e efetuado um disparo, que atingiu a criança na face, refere a acusação.

Após o crime, o arguido fugiu para a Suíça, levando consigo a arma do crime, e só regressou a Portugal em outubro desse ano, quando foi detido pela Polícia Judiciária no cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Aveiro.

Na altura, a PJ referiu que o indivíduo disparou uma pistola "de ar comprimido" contra a face da criança, "sem motivação específica aparente".

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