O jornalista e ex-polícia de Hamburgo Peter Reichard afirma na sua obra "Die ganze beschämende Wahrheit" ("Toda a vergonhosa verdade", em tradução livre) que Wolfgang Priklopil, que sequestrou Kampusch em 1998 quando ela tinha apenas 10 anos, fez uns 11 vídeos da menina, que se tornou adolescente em cativeiro. Reichard diz que obteve autorização da jovem para escrever o livro e revelar a existência dos vídeos, uma década depois da sua libertação.

O caso desta jovem, que hoje tem 28 anos, continua a despertar um interesse considerável, principalmente na Alemanha e na Áustria. Segundo a imprensa alemã, os vídeos mostrariam imagens caseiras, nas quais se vê Priklopil insultar e humilhar a vítima, que aparece nua e desnutrida. Natascha Kampusch foi sequestrada quando seguia para o colégio, a 2 de março de 1998, por Priklopil, que na ocasião tinha 35 anos. O homem trancou-a num cubículo de menos de seis metros quadrados na sua casa em Strasshof, perto de Viena. Em 28 de agosto de 2006 Natascha conseguiu fugir e, na mesma noite, Priklopil cometeu suicídio.