
Segundo um comunicado militar, o exército e a agência de segurança Shin Bet realizaram uma operação na sexta-feira e “recuperaram o corpo de Natthapong Pinta da área de Rafah”, no sul de Gaza.
“Natthapong Pinta foi raptado vivo por terroristas... do Kibutz Nir Oz, em 7 de outubro de 2023, e foi assassinado enquanto estava em cativeiro”, alegou o comunicado, culpando as Brigadas Mujahideen, um grupo armado próximo do aliado do Hamas, a Jihad Islâmica.
O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou em comunicado que o corpo do refém foi “devolvido a Israel” numa “operação especial” na zona de Rafah.
“Natthapong veio da Tailândia para Israel para trabalhar na agricultura, com o desejo de construir um futuro melhor para si e para a sua família”, disse Katz.
Foi “brutalmente assassinado em cativeiro pela organização terrorista Brigadas Mujahideen”, acusou o ministro.
A declaração militar alega que o grupo militante que invadiu Nir Oz durante o ataque do Hamas em 2023 foi o responsável pela morte de vários outros reféns.
“A organização terrorista Mujahideen raptou, deteve e assassinou Shiri, Ariel e Kfir Bibas, cujos corpos foram devolvidos no âmbito do último acordo com os reféns, bem como os corpos de Gad Haggai e Judi Lynn Weinstein, que foram devolvidos no início desta semana”, refere o comunicado.
“A organização terrorista Mujahideen também assassinou e tem na sua posse o corpo de outro cidadão estrangeiro”, acrescentou.
A família de Natthapong e as autoridades tailandesas foram informadas da operação de recuperação do seu corpo.
O grupo de campanha do Fórum dos Reféns e das Famílias Desaparecidas instou as autoridades israelitas, num comunicado, a “fazer o que for necessário para chegar a um acordo” para libertar os restantes prisioneiros.
Dos 251 reféns capturados durante o ataque do Hamas que desencadeou a guerra de Gaza, 55 permanecem em cativeiro, incluindo 31 que o exército israelita diz estarem mortos.
De acordo com a comunidade de Nir Oz, 117 residentes foram mortos e mais de 60% das suas casas foram destruídas durante o ataque do Hamas.
O ataque de 2023 causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, na sua maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP dos números oficiais.
De acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, pelo menos 54 677 pessoas foram mortas no território desde o início da guerra, também na sua maioria civis.
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