“Entre a tarde de terça-feira e hoje, transferimos 102 pacientes, todos em situação estável”, declarou à agência Lusa Diana Ralha, assessora do hospital Amadora-Sintra.

Segundo a assessora, “após serem detetados os problemas registados na rede de oxigénio medicinal do hospital, entre 23:30 de terça-feira e 18:00 de hoje transferimos no total 82 doentes, 43 na noite de terça-feira e madrugada de hoje e mais 39 durante o dia de hoje.

“Entre os que 39 que foram transferidos hoje, 19 pacientes foram para a enfermaria no Hospital da Luz (sendo cuidados pelos profissionais do Amadora-Sintra), outros cinco foram para Portimão, 11 para o hospital das Forças Armadas, foram dois doentes não covid-19 para o Trofa Saúde e foram dois para o centro de apoio militar de Belém”.

Na noite de terça-feira, “43 pacientes foram transferidos, sendo que 38 são ‘doentes covid-19′, dos quais “seis foram para o Hospital de Campanha da Cidade Universitária, três para o Hospital de Campanha de Portimão, um para o Hospital das Forças Armadas, seis para o Centro Hospitalar Lisboa Central, 15 para o Hospital de Santa Maria, quatro para o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental e três para o Hospital de Setúbal”, segundo anunciou hoje o Hospital Amadora-Sintra.

“Quanto aos cinco doentes ‘não covid-19′ foram, segundo o mesmo responsável, transferidos outros hospitais, entre os quais os de Cascais e Garcia de Orta”, ainda segundo o hospital.

“Entretanto, na tarde de terça-feira, antes dos problemas registados na rede de oxigénio medicinal do hospital, já haviam sido transferidos outros 20 doentes para outras unidades hospitalares. Fizemos então estas 102 transferências se contarmos estes 20 doentes transferidos durante a tarde de terça-feira”, sublinhou a assessora.

Segundo o Hospital Amadora-Sintra, os problemas registados na rede de oxigénio medicinal na terça-feira estiveram relacionados com dificuldades “em manter a pressão”, nunca tendo estado em causa “a disponibilidade de oxigénio ou o colapso da rede”.

Os constrangimentos obrigaram à transferência de doentes “com vista a garantir a diminuição do número de doentes internados a quem é necessário administrar oxigénio em alto débito”, ainda de acordo com a unidade hospitalar.

Na terça-feira estavam internados no Hospital Amadora-Sintra 363 ‘doentes covid-19′, tendo-se registado desde o início do ano um aumento de 400% de pacientes hospitalizados naquela unidade infetados com o novo coronavírus, com muitos deles a necessitarem “de oxigénio medicinal em alto débito”.

Diana Ralha garantiu hoje que a situação no fornecimento do oxigénio no Hospital Amadora Sintra já foi totalmente normalizada e, agora, contam com 331 pacientes internados com covid-19, mas não descartou a possibilidade de mais transferência devido ao grande afluxo de pessoas que continuam a chegar ao hospital.