"Uma enfermeira do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) foi agredida, esta madrugada, na Urgência Central por uma doente e o seu acompanhante", confirma a unidade de saúde em comunicado enviado às redações.

"A profissional está a receber todo o acompanhamento por parte da Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar e o caso foi entregue às autoridades policiais, que identificaram os agressores", acrescenta a nota.

O hospital "condena veemente este e qualquer ato criminoso praticado contra profissionais de saúde e prestará todo o apoio jurídico à enfermeira agredida".

Segundo a mesma nota, "os profissionais e utentes do serviço de Urgência do CHULN são protegidos por polícias em presença física, a que se somam ainda os profissionais da segurança do Centro Hospitalar. O CHULN está a analisar este caso para garantir que o esquema de segurança tem a resposta exigida".

O caso foi denunciado pela Ordem dos Enfermeiros (OE) que "repudia veementemente a agressão", bem como "a situação que se seguiu".

De acordo com o relato que chegou à OE, e que esta reproduz, quando começaram as agressões o elemento das forças de segurança daquela zona encontrava-se a "tomar conta de uma outra ocorrência".

Teve de ser um outro elemento segurança, que acompanhava um doente mental, a intervir.

A profissional de saúde terá mesmo ficado impedida de continuar a trabalhar face "às lesões sofridas, que são visíveis".

"Esta é mais uma situação que demonstra a necessidade de medidas concretas, que vão muito além da criação de um gabinete de segurança, designadamente ao nível da prevenção, em primeiro lugar, repressão e punição", refere a Ordem na na nota publicada esta quarta-feira de manhã.

“Isto não pode continuar a acontecer. É tempo de implementar medidas concretas a nível judicial. É tempo de alterações penais, tal como aconteceu quando o País decidiu enfrentar o fenómeno da violência doméstica. São necessárias medidas imediatas e visíveis”, defende a OE.

À enfermeira agredida, a OE refere que está a prestar toda a sua solidariedade, disponibilidade e apoio para que a situação não fique impune.