“Já foi possível repor um abastecimento de energia estável e fiável na ala nascente do hospital”, afirmou Manuela Gomes de Menezes, acrescentando que os trabalhos vão continuar, nas próximas duas semanas, com a instalação de dois novos postos de transformação.

O Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, sofreu um incêndio no dia 4 de maio, que obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.

Hoje numa conferência de imprensa no hospital, a responsável salvaguardou que o restabelecimento da energia “é uma peça de muitas da engrenagem do HDES, vital, e que permitirá colocar outras peças em movimento”.

É caso de uma limpeza profunda, de testes aos equipamentos, às condutas de ar e sistema de ar condicionado, bem como ao sistema de gases medicinais, indicou.

Manuela Gomes de Menezes referiu que, dois dias após o incêndio no HDES, o conselho de administração “deliberou instaurar um processo de averiguação das causas do incidente”, trabalho que “está a decorrer”.

Nesse sentido, “foi solicitado à Ordem dos Engenheiros a nomeação dos peritos que assegurarão, de modo totalmente independente e idóneo, o estudo técnico das causas do incidente em averiguação”, adiantou.

A presidente do HDES disse que se pretende que este processo “esteja concluído com a maior brevidade, de modo a que as conclusões do mesmo possam contribuir para os trabalhos a desenvolver no âmbito do grupo de trabalho criado por resolução do Governo Regional”.

Manuela Gomes de Menezes salvaguardou que as conclusões do processo “serão naturalmente tornadas públicas”, tendo apontado que “ainda não é possível quantificar a extensão dos danos” causados pelo incêndio.

Segundo o HDES, “garantida a segurança e o normal funcionamento de todos os sistemas”, perspetiva-se “avançar para a reabertura parcial da consulta externa, a retoma do serviço de deslocação de doentes e o regresso de colaboradores não clínicos do hospital”.

Logo após o incêndio, o Governo dos Açores declarou a situação de calamidade pública para “acelerar procedimentos” que permitam normalizar, num “curto espaço de tempo”, a atividade da maior unidade de saúde açoriana.